Resumo e destaques do 2º dia da NRF 2024 by TOTVS

Como prometido, volto aqui para fazer o resumão do 2º dia da NRF 2024, destacando os pontos que mais me chamaram a atenção.

Dia 15 de janeiro, comemora-se o “Dia de Martin Luther King” nos EUA e, por causa do feriado, o evento lota bem mais com a presença dos americanos. A feira fica mais cheia, as salas mais concorridas e os melhores palestrantes ficam reservados para este dia. Confirmando isso, sempre vem uma celebridade ao palco principal e, desta vez, foi o incrível Magic Jonhson!

O astro da NBA é considerado o maior jogador da história do Los Angeles Lakes, com cinco títulos e 3 MVP’s (jogador mais valioso da NBA). Mas ele vai muito além de um jogador talentoso. Ele é CEO da Magic Johnson Enterprise, um conglomerado com o qual investe em participações em times esportivos, ativos em cinemas, franquias de fast foods, imóveis e uma empresa de seguros de vida (EquiTrust). Ou seja, sucesso dentro e fora das quadras!

E foi sobre sua carreira empresarial e sua atuação social que o trouxeram à NRF. O ex-jogador e empresário tomou a frente do papo, desceu do palco, fez uma tremenda presença e praticamente conduziu um papo muito legal falando sobre a importância do trabalho em equipe e o quanto essa ideia de coletivo o fez chegar aonde está hoje.

Na sequência foi a vez de Ed Stack, presidente executivo da Dick’s Sporting Goods, loja de materiais esportivos, subir ao palco. O executivo foi reconhecido com o Prêmio Visionário NRF, por duas décadas de liderança e dedicação à indústria de Varejo. Tanto ele quanto Magic reforçaram a mensagem de que só foram capazes de vencer graças ao time, ao esforço e trabalho em grupo.

Inclusive, eles me lembraram da frase do outro grandioso jogador de basquete, Michael Jordan: “O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos”.

Conheça o trabalho da TOTVS

A NRF sempre aborda assuntos ligados à pessoas, que são o motor que move o varejo, e a temática desse segundo dia claramente foi trabalho em equipe.

O trio parada dura

Em toda a NRF temos as três figurinhas carimbadas: Lee Peterson, vice-presidente executivo da WD Partners; Ira Kalish, economista chefe global da Deloitte; e Kate Ancketill, futurista e CEO da consultoria GDR.

Eles costumam se apresentar no segundo dia, que é o principal. Curiosamente, palestraram na sequência, ou seja, foi o dia para correr, entrar na sala, sentar e ficar até o final das três apresentações.

O Lee abriu sua apresentação falando sua recém-descoberta: a palestra dele é bem famosa entre os brasileiros. Com essa informação, logo soltou: “Onde estão os meus brasilianos?”, com aquele sotacão americano. A sala veio abaixo! Mais da metade do público presente gritou e levantou a mão.

Inclusive, percebi que alguns americanos aprenderam algumas palavras em português, como “pode sentar?” ou “licença”, para poderem interagir mais com o público, tamanho o volume de brasileiros nas palestras.

Lee Peterson sendo tietado pelos “brasilianos” | Por: Heloísa Ribeiro para Delegação Goakira Omnibiz

Voltando ao tema, Lee reforçou a necessidade das lojas físicas se preocuparem com a “vibe”, ou seja, no que o ambiente transmite de sensações e emoções para o cliente. E o ponto dele é fantástico: as lojas físicas evoluíram para acompanhar digital, mas como tudo na vida, requer equilíbrio. E-commerce não trabalha orientado a emoções, mas sim à eficiência no processo de compra. Clique, clique, clique, pagou e saiu. Tudo muito rápido e prático.

Mas, se as lojas físicas seguirem somente esse caminho, tentando reproduzir o nível de produtividade do site, vão perder feio – e já estão perdendo. É preciso voltar ao básico também nas lojas, usando o espaço físico e a presença humana em favor da experiência do cliente.

Já Ira é um economista e, com isso, sua apresentação traz muitos gráficos e informações econômico-financeiras. Ele se posicionou de forma até que positiva para 2024, ressaltando que só teremos alguma preocupação caso o cenário geopolítico tenha uma piora. De todos os gráficos, de todas as informações que ele traz com maestria, a mensagem que ficou é: “Vamos nos preparar para um 2024 cuidadosamente otimista”. Boa notícia para os varejistas que sofreram tanto em 2023.

Ira sendo cuidadosamente otimista

Kate, finalmente, entrou de fato na questão Tecnologia. A executiva mergulhou em questões de mudança de comportamento do perfil do consumidor e de soluções de tecnologia. Finalmente, entramos no terreno especulativo, falando fortemente de IA.

Ela destacou a “PI AI”, personal intelligence, que são as assistentes pessoais que vão conhecer profundamente as pessoas, melhorando cada vez mais no atendimento e na solução de problemas. A previsão é de que cada pessoa terá seu próprio assistente pessoal de IA para fornecer inteligência e suporte personalizado – e já mostrou um case real disso. Atrelado a esse cenário, Kate falou sobre o crescimento da adoção de assistentes conversacionais, especialmente entre a Geração Z, indicando uma necessidade de serviços de saúde mental alimentados por IA. Isso tem um grande potencial de impacto na sociedade!

Para o varejo, ela destacou a necessidade de acompanharmos a abundância de inovações em IA, como interfaces de chats movidas à IA e até mesmo análise de ondas cerebrais (agora a gente foi longe, mas já é realidade em algumas escolas chinesas, pra ver se os alunos estão prestando atenção. 1984 chegou 40 anos atrasado…).

Kate completa o trio parada dura

Haverá um grande impacto das mudanças demográficas no varejo, como queda nas taxas de natalidade e envelhecimento da população em países como o Japão. É importante mantermos a tutela do consumidor e verificarmos a realidade impulsionada pela IA transformando o varejo.

E é esso meu resumão! Se preparem pro dia final, que sai amanhã.

*Elói Assis, diretor-executivo de produtos de Varejo e Distribuição da TOTVS. O executivo comanda uma equipe de mais de 800 pessoas, em diversas localidades do país. O seu grande desafio no cargo é prover as melhores soluções para varejo e distribuição, com o qual conta com a sua bagagem
profissional. O executivo traz o conhecimento prático como CIO do projeto de transformação digital e da experiência na operação do Grupo Ri Happy/PB Kids, maior varejista de brinquedos do Brasil. Antes disso, foi diretor de TI da Avianca Brasil e passou por outras grandes empresas, como TAM, UOL e AB-Inbev, maior companhia de bebidas do mundo. O diretor-executivo é formado em Marketing pela Universidade Mackenzie, e tem MBA em Gestão de TI pela Live University.

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