Operação

Ruptura na gôndola acontece quando há menor frequência de reposição

Estudo da Mob2Con mostra que redes com mais de 50% das marcas disponibilizando promotores possuem uma média de 15,8% de ruptura operacional

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De acordo com um estudo da Mob2Con, principal plataforma de inteligência de dados para a eficiência operacional do varejo, existe uma relação direta entre a presença de promotores de vendas e a ruptura na gôndola, ou ruptura operacional (termo utilizado quando um produto está presente no estoque do supermercado, mas não está disponível para os consumidores na gôndola).

Segundo a pesquisa, quanto mais frequentemente promotores de reposição visitam as lojas, menos faltam produtos na gôndola. A confirmação vem depois da identificação de que a ruptura na gôndola média das redes de varejo alimentar é de 15,8%, quando pelo menos 50% dos fornecedores utilizam promotores para atuar na reposição de itens nas prateleiras. Em contrapartida, os estabelecimentos com menor presença desses profissionais, a média de ruptura operacional aumenta para 21,4%. O levantamento avaliou o trabalho desenvolvido em 354 lojas, de 15 redes no Brasil, nos meses de janeiro a julho. 

Em uma observação dessa relação em hipermercados, supermercados e atacarejos, o resultado sustenta o vínculo entre a presença dos promotores e o abastecimento das mercadorias nas gôndolas.

Contando com uma média de 60,07% de fornecedores disponibilizando promotores para atendimento, o atacarejo possui o menor nível médio de ruptura na gôndola, com 15,8%. Por outro lado, o hipermercado apresenta o cenário inverso, uma vez que aparece com a maior ruptura do grupo, com 21%, diante de uma presença média de 40,33% entre os promotores das marcas.

Gráfico de comparação entre atacado, varejo e hipermercado em relação à ruptura nas gôndolas

Carlos Wayand, CEO e cofundador da Mob2Con, comenta a pesquisa: “Ter a certeza de que as gôndolas estão abastecidas é fundamental não só para aumentar o número de vendas das lojas, mas também é uma maneira de assegurar um atendimento qualificado aos clientes”, explica.

Ainda segundo Wayand, a causa da ruptura na gôndola não pode ser associada a um único motivo. “Não existe apenas um fator que justifique a ruptura de forma isolada. Ela acaba acontecendo por uma somatória de razões, sendo que, muitas vezes, nem todas elas podem ser controladas pelo varejista. No entanto, é fundamental que o varejo entenda quais são as causas que estão ao seu alcance e trabalhe em cima delas a fim de evitar esse grave problema”, conclui.

NRA Chicago

Imagem: Envato

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