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Setembro Amarelo reforça a importância do propósito nas empresas

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O Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, abre espaço para uma reflexão urgente dentro das organizações: a saúde mental dos colaboradores precisa ser tratada como prioridade estratégica.

Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a depressão já é a principal causa de afastamento do trabalho no mundo. No Brasil, dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho indicam que, somente em 2024, foram concedidos 9,8 mil afastamentos relacionados a transtornos mentais, o que representa impacto direto na produtividade e no bem-estar das equipes.

Para Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), empresas que cultivam ambientes de escuta e acolhimento conseguem transformar a vida de seus colaboradores e, consequentemente, o relacionamento com os clientes. 

“Mais do que liderar equipes, o gestor do século XXI precisa criar espaços seguros, onde as pessoas possam falar sobre seus desafios sem medo de julgamento. A cultura de diálogo é um fator de proteção emocional e um motor para o engajamento”, afirma.

Escuta e acolhimento nas empresas

Pesquisas da Gallup mostram que colaboradores que recebem reconhecimento frequente são até três vezes mais engajados e apresentam maior satisfação no trabalho. O reflexo disso é sentido diretamente na produtividade: equipes que se sentem valorizadas podem aumentar em até 24% a rentabilidade das empresas.

Empresas que investem em programas estruturados de bem-estar conseguem resultados tangíveis. Um estudo da Deloitte revelou que cada dólar investido em saúde mental corporativa pode gerar retorno de até quatro dólares, por meio da redução de turnover, absenteísmo e aumento de produtividade. 

Na visão de Slivnik, negligenciar esse tema significa perder vantagem competitiva. “Quando o colaborador sente que a empresa se preocupa genuinamente com seu bem-estar, ele se engaja mais, fica menos suscetível a rotatividade e leva esse cuidado para o contato com o cliente”, afirma.

A presença de propósito também se conecta à saúde emocional. Pesquisa da McKinsey mostrou que 70% dos profissionais afirmam que seu trabalho define sua identidade, e quando não percebem propósito em suas funções, tendem a se desengajar.

Slivnik ressalta que líderes têm papel essencial nesse processo. “Liderar com propósito significa entender que quando o colaborador encontra sentido no que faz, transmite entusiasmo genuíno, e isso gera experiências memoráveis para os clientes”.

Imagem: Milena Félix

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