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Social commerce: saiba tudo sobre estratégia indispensável

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Nos últimos anos, o varejo tem passado por transformações radicais, impulsionadas principalmente pelo avanço da tecnologia e a popularização das redes sociais. Entre as inovações que moldam o futuro do comércio, o social commerce tem ganhado destaque, integrando de maneira natural as plataformas sociais ao processo de compra. Mais do que uma simples tendência, o social commerce está se consolidando como uma estratégia indispensável para negócios que desejam acompanhar a evolução do comportamento do consumidor.

O tempo que as pessoas dedicam às redes sociais é um fator chave para entender a força desse fenômeno. No Brasil, o uso de redes sociais já se tornou parte do cotidiano. Segundo um estudo feito pela DataReportal com o We Are Social em 2023, os brasileiros passam, em média, 3 horas e 46 minutos por dia nessas plataformas. Esse tempo oferece uma oportunidade única para as marcas interagirem diretamente com o consumidor no ambiente em que ele se sente mais à vontade. Mas o que, afinal, é o social commerce, como ele funciona e por que ele é tão importante para o varejo moderno?

O que é social commerce?

O social commerce, ou comércio social, pode ser definido como a prática de vender produtos e serviços diretamente por meio de plataformas de redes sociais. Ao invés de redirecionar os usuários para um site externo, as compras acontecem sem que o consumidor precise sair do aplicativo. Isso permite uma experiência de compra mais fluida, integrada ao ambiente social onde o consumidor já está engajado.

Ao utilizar o social commerce, as marcas podem aproveitar as interações, comentários, recomendações e curtidas dos usuários como uma forma de promover produtos e estimular compras. Esse formato cria uma fusão entre o engajamento social e a conveniência da compra online, algo que, até pouco tempo atrás, era impensável para muitos varejistas. As plataformas mais conhecidas, como Instagram, Facebook, TikTok e Pinterest, já oferecem recursos de social commerce, permitindo que as marcas vendam diretamente aos usuários.

Como funciona o social commerce?

A ideia central do social commerce é integrar a experiência de compra diretamente às interações que ocorrem nas redes sociais. Isso significa que as marcas podem exibir produtos, facilitar a compra e, ao mesmo tempo, criar um ambiente onde os consumidores podem interagir e compartilhar suas opiniões.

Uma típica jornada de social commerce pode começar quando um usuário vê um post de uma marca ou influenciador promovendo um produto. Esse post pode ser um vídeo, uma imagem ou um “story”, e muitas vezes já vem com um botão que direciona o consumidor diretamente à página de compra. O diferencial é que essa compra pode ser realizada dentro da própria plataforma social, sem a necessidade de sair dela. A compra simplificada elimina barreiras e incentiva o usuário a agir por impulso, o que pode aumentar as conversões.

Além disso, o social commerce utiliza recomendações e avaliações de amigos e influenciadores como uma poderosa ferramenta de marketing. Essa confiança no “boca a boca digital” cria um ambiente em que as pessoas se sentem mais seguras para comprar, especialmente quando veem que alguém de sua rede já teve uma experiência positiva com o produto.

Tipos de social commerce

Existem diferentes formas de aplicar o social commerce, dependendo da plataforma e das estratégias da marca. Alguns dos tipos mais comuns incluem:

1. Compra direta em posts: O Instagram e o Facebook, por exemplo, permitem que as marcas marquem produtos em posts. Ao clicar no produto marcado, o usuário é direcionado para a compra diretamente dentro da plataforma. Esse tipo de social commerce facilita a conversão de uma simples visualização de post em venda.

2. Lojas nativas de redes sociais: Algumas plataformas oferecem a criação de lojas virtuais nativas, como o Instagram Shop e o Facebook Shops. Com essas ferramentas, as marcas podem configurar vitrines de produtos que estão sempre acessíveis aos usuários.

3. Transmissões ao vivo (live commerce): Um formato que tem ganhado popularidade é o live commerce, onde influenciadores ou marcas realizam transmissões ao vivo demonstrando produtos. Durante a live, os espectadores podem comprar os produtos em tempo real, incentivados pela interatividade e pelo caráter “ao vivo” que gera um senso de urgência.

4. Anúncios de compras integradas: As redes sociais também permitem que as marcas criem anúncios pagos com funcionalidades de social commerce, onde o usuário pode clicar diretamente no anúncio e comprar o produto sem precisar sair da plataforma.

5. Recomendações e avaliações de consumidores: O engajamento entre usuários também pode ser considerado uma forma de social commerce. Curtidas, comentários e compartilhamentos sobre um produto têm o poder de influenciar outras pessoas a comprarem, transformando a rede social em uma espécie de vitrine viva.

O impacto no varejo

O impacto do social commerce no varejo é significativo e cresce em ritmo acelerado. As marcas que adotam essa estratégia não apenas se adaptam às novas exigências dos consumidores, mas também aumentam suas chances de conquistar novos clientes de maneira mais rápida e eficaz.

O tempo que o brasileiro passa nas redes sociais é um dos principais indicadores do potencial do social commerce no país. Com uma média de 3 horas e 46 minutos por dia dedicados às redes, o consumidor brasileiro tem mais contato com marcas e produtos no ambiente digital do que em qualquer outro. Isso cria inúmeras oportunidades para o varejo explorar formas inovadoras de capturar a atenção do cliente e facilitar a jornada de compra.

Além disso, o social commerce oferece um ambiente onde a interação social e a compra acontecem simultaneamente, criando uma experiência mais rica e envolvente. O consumidor moderno quer ser parte da história da marca, seja através de comentários, curtidas, ou mesmo compartilhando suas próprias experiências com produtos. Esse nível de engajamento não é alcançável por meio de outros canais de vendas tradicionais.

Vantagens do social commerce

Uma das principais vantagens do social commerce é a conveniência. Ao possibilitar que o usuário compre diretamente em sua rede social favorita, a marca elimina etapas da jornada de compra, o que resulta em um processo mais rápido e simples. Isso pode ser particularmente útil para produtos de compra por impulso, onde cada segundo conta para garantir a conversão.

Outra grande vantagem é o poder das recomendações e influências sociais. Ao permitir que os consumidores vejam o que seus amigos estão comprando ou o que influenciadores estão promovendo, o social commerce capitaliza sobre a confiança nas opiniões de terceiros. Estudos mostram que os consumidores confiam mais nas recomendações de amigos e conhecidos do que em anúncios tradicionais, e o social commerce permite que essa confiança seja diretamente convertida em vendas.

O social commerce também oferece um nível maior de interatividade. As marcas podem criar campanhas que envolvem diretamente seus consumidores, seja através de comentários em posts, interações durante transmissões ao vivo ou campanhas que incentivem o compartilhamento de conteúdo gerado pelos próprios usuários. Essa interatividade fortalece a relação entre a marca e o consumidor, criando um vínculo emocional que pode levar a uma maior fidelização.

Além disso, o social commerce possibilita um alcance mais segmentado. As redes sociais têm uma enorme quantidade de dados sobre seus usuários, o que permite que as marcas personalizem suas ofertas e anúncios para alcançar o público certo, no momento certo. Isso aumenta as chances de conversão e maximiza o retorno sobre o investimento em marketing.

Dicas para aplicar estratégia

Para implementar uma estratégia eficaz de social commerce, é essencial compreender o comportamento do seu público-alvo nas redes sociais e aproveitar as ferramentas disponíveis nas plataformas. Aqui estão algumas dicas para ajudar o seu negócio a adotar essa abordagem de maneira eficiente:

Conheça seu público: O primeiro passo para uma estratégia bem-sucedida de social commerce é conhecer profundamente o seu público. Entender em quais redes sociais seus consumidores estão mais ativos, como interagem com conteúdos e quais são suas principais dores e interesses ajuda a criar campanhas mais assertivas.

Escolha as plataformas certas: Nem todas as redes sociais oferecem os mesmos recursos para social commerce. Identifique quais são as plataformas mais relevantes para o seu nicho de mercado e explore ao máximo as funcionalidades que elas oferecem, como lojas nativas ou a marcação de produtos em posts.

Aposte em conteúdos autênticos e interativos: O conteúdo gerado por usuários, como fotos, vídeos e depoimentos de clientes, tem um grande impacto nas decisões de compra. Além disso, transmissões ao vivo e stories interativos podem aumentar o engajamento e criar um senso de urgência.

Invista em parcerias com influenciadores: O marketing de influência é uma estratégia poderosa no social commerce. Ao colaborar com influenciadores relevantes, sua marca pode alcançar novos públicos de forma mais orgânica e eficaz.

Ofereça uma experiência de compra simplificada: Certifique-se de que o processo de compra nas redes sociais seja o mais simples possível. Quanto menos etapas o usuário tiver que seguir, maiores serão as chances de conversão.

Monitore e ajuste suas estratégias: Assim como em qualquer outra estratégia de marketing, é essencial monitorar os resultados das ações de social commerce e ajustar conforme necessário. Acompanhe métricas como engajamento, conversão e feedback dos clientes para otimizar continuamente a abordagem.

Com o social commerce, o varejo ganha uma nova dimensão, onde a interação social e o comércio se misturam de forma fluida. Ao adotar essa tendência, as marcas podem se aproximar dos consumidores e criar experiências de compra mais imersivas e engajadoras. O futuro do varejo está nas redes sociais, e o social commerce pode ser a chave para aproveitar todo o seu potencial.

Mulher chinesa olhando para celular em ring light fazendo live shopping; pequenas empresas online; social commerce

Imagem: Envato

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