Inovação
Varejistas online nos EUA gastaram, em média, US$ 400 mil com IA no ano passado

As empresas dos Estados Unidos gastaram, em média, US$ 403 mil no último ano para desenvolver ou implementar ferramentas de experiência do cliente baseadas em inteligência artificial (IA), segundo uma pesquisa com executivos de 300 empresas de e-commerce de médio e grande porte nos EUA e na Europa, conduzida pela fornecedora de sistemas de gestão de conteúdo Storyblok.
Quase um terço (30%) dos entrevistados afirmou que o uso de IA trouxe apenas uma leve melhora na experiência digital dos clientes. No entanto, a maioria (97%) declarou que os investimentos em IA trouxeram um bom retorno, conforme apontou o levantamento.
Entre os motivos mais comuns para a adoção da IA pelas empresas dos EUA estão: atendimento ao cliente (61%), análise de marketing (60%), automação de tarefas administrativas (42%), serviços de tradução (41%) e criação de conteúdo (40%).
Com a corrida pela IA se intensificando, as empresas norte-americanas estão investindo fortemente na tecnologia.
Quase um terço (30%) dos executivos ouvidos disse que suas empresas gastaram mais de US$ 500 mil em investimentos em IA. Mas o relatório também mostra que, apesar de investirem centenas de milhares de dólares, os resultados obtidos com a IA ainda são mistos.
“O potencial transformador da IA para a experiência digital é enorme, mas nossa pesquisa destaca uma lacuna clara entre expectativa e realidade”, disse Dominik Angerer, CEO e cofundador da Storyblok, em um comunicado à imprensa. “Embora as empresas dos EUA estejam vendo algumas melhorias, elas continuam sendo incrementais, e não verdadeiramente transformadoras.”
Ainda assim, grandes marcas e varejistas têm utilizado IA generativa para criar conteúdo e ajudar em tarefas administrativas. No mês passado, o Walmart lançou o Wally, sua ferramenta de IA generativa que auxilia os comerciantes a inserir e analisar dados, identificar problemas no desempenho de produtos e responder a questões operacionais. Já neste mês, o L’Oréal Groupe anunciou o uso dos modelos multimodais Google Imagen 3 e Gemini para ajudar seus profissionais de marketing a criar novos conceitos, elaborar storyboards e redesenhar embalagens.
Com cada vez mais empresas adotando aplicações de IA generativa, executivos do varejo têm discutido, em conferências recentes, tanto o potencial quanto as limitações da tecnologia. Na conferência Shoptalk Spring, varejistas e empresas de tecnologia abordaram casos de uso da IA que vão desde anúncios localizados até a aceleração do atendimento ao cliente.
Embora os varejistas estejam testando a tecnologia em áreas como cadeias de suprimentos e personalização, as empresas ainda estão, em grande parte, em fase exploratória. Pelo menos no futuro próximo, o setor continuará a depender fortemente do toque humano, afirmou Brian Cornell, CEO da Target, durante a conferência Big Show da NRF.
Imagem: Divulgação
Informações: Tatiana Walk-Morris
Tradução livre: Central do Varejo