Economia

Varejo registra nova queda em março, diz índice da Stone

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ascensão dos minimercados; varejo queda

O Índice do Varejo Stone (IVS) apontou retração de 1,6% nas vendas do comércio brasileiro em março, na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2023, a queda foi de 1,8%.

O estudo, realizado mensalmente pela Stone, monitora a movimentação do varejo em todo o país. Segundo o pesquisador econômico e cientista de dados da empresa, Matheus Calvelli, o desempenho do setor reflete um cenário de pressão sobre o consumo.

“O mercado de trabalho continua mostrando força, mas já dá sinais de desaceleração, principalmente no setor informal. A taxa de desemprego subiu entre dezembro e fevereiro, enquanto o mercado formal surpreendeu positivamente com a criação de quase 200 mil vagas, segundo dados do CAGED. Esse cenário acaba mantendo a pressão sobre a inflação. Ao mesmo tempo, as famílias estão mais endividadas. Esse aperto no orçamento, somado à inflação, tem pesado no consumo e ajuda a explicar a perda de ritmo do varejo nos últimos quatro meses”, afirmou.

Desempenho do comércio digital e físico

O comércio digital teve queda mensal de 12,9%, enquanto o varejo físico recuou 0,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas online caíram 13,1% e o varejo físico apresentou retração de 2,8%.

Análise por setores

Entre os oito segmentos avaliados pelo índice, sete registraram queda em março. Os principais recuos foram observados em Material de Construção (5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,4%) e Móveis e Eletrodomésticos (2,7%). Também houve retração em Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), Artigos Farmacêuticos (1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (0,1%).

A única alta mensal foi no setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo, com crescimento de 2,2%.

Na comparação com março de 2023, dois setores apresentaram crescimento: Material de Construção (3,2%) e Combustíveis e Lubrificantes (2,3%). Os demais tiveram queda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (13,6%), Móveis e Eletrodomésticos (8,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (3,9%), Artigos Farmacêuticos (3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (3,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (1,3%).

Desempenho por estado

No recorte regional, sete estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (2,1%), Pará (1,7%), Goiás (1%), Roraima (0,8%), Piauí (0,6%), Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).

Entre os estados com retração, os piores desempenhos foram registrados no Rio Grande do Sul (8,2%), Rondônia (5,5%), Rio Grande do Norte (5,2%) e Mato Grosso do Sul (4,8%). Maranhão foi o único estado que apresentou estabilidade, com variação de 0,0%.

Imagem: Envato

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