Economia
Farmácias e perfumarias puxam alta do varejo paulista no 1º trimestre
Faturamento registrou alta de 6,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo números da FecomercioSP
No primeiro trimestre deste ano, o comércio varejista no estado de São Paulo apresentou um aumento significativo em seu faturamento, registrando uma alta de 6,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Isso corresponde a um acréscimo de R$16,5 bilhões, totalizando um faturamento de R$281 bilhões. Esses dados são provenientes da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No mês de março, as vendas reais apresentaram um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo a FecomercioSP, esse é o melhor desempenho já registrado para o mês desde o início da série histórica em 2008. A federação atribui esse resultado ao aumento da renda disponível, impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho e pela inflação mais moderada. O maior poder de compra das famílias tem possibilitado o alcance desse faturamento recorde tanto no mês quanto no primeiro trimestre.
Um setor que se destacou foi o de farmácias e perfumarias, que apresentou um crescimento significativo no faturamento, com aumento de 23,1% no mês e 16,2% no trimestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A federação prevê que essa tendência de crescimento continuará devido ao aumento do consumo das famílias e ao reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos preços dos medicamentos a partir de abril.
Outro setor com desempenho positivo foi o de concessionárias de veículos, que registrou um crescimento de 22,1% em março e 13,6% no primeiro trimestre. Os supermercados também apresentaram um aumento no faturamento, com crescimento de 12,7% no mês e 13,2% no trimestre. Esse desempenho elevado do setor supermercadista indica uma melhora no poder de compra, levando as pessoas a adquirirem marcas de melhor qualidade, cujo consumo havia sido limitado pela pandemia.
No entanto, o grupo de outras atividades teve um desempenho negativo, com uma queda de 12,3% em março e 9,7% no trimestre. A FecomercioSP aponta que essa redução no faturamento pode ser atribuída ao preço mais baixo da gasolina em comparação ao mesmo período do ano anterior, em decorrência do início da guerra na Ucrânia. No entanto, a federação ressalta que essa queda não reflete um resfriamento na demanda, mas sim uma redução nos valores monetários.
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