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10ª edição do Ranking CIELO-SBVC divulga as 300 maiores empresas brasileiras
O estudo de 2024 revela que, mesmo em meio a adversidades, as 300 maiores empresas do varejo brasileiro continuaram a crescer
Esta semana foi divulgada a 10ª edição do Ranking CIELO-SBVC, que lista as 300 maiores empresas do setor varejista brasileiro. Desde a primeira edição do ranking, o setor varejista no Brasil passou por ciclos de expansão, retração e reinvenção.
A última década foi marcada por crises econômicas, uma pandemia global e a rápida digitalização das operações comerciais. O varejo essencial, composto por supermercados, farmácias e materiais de construção, foi menos afetado pelos choques econômicos, enquanto o varejo não-essencial precisou se reinventar rapidamente para sobreviver, especialmente através da adoção de canais de vendas digitais.
O estudo de 2024 revela que, mesmo em meio a adversidades, as 300 maiores empresas do varejo brasileiro continuaram a crescer. Elas são responsáveis por uma parte significativa do emprego formal no país. Em 2023, o setor de varejo restrito, que inclui bens de consumo com exceção de automóveis e materiais de construção, movimentou R$ 2,23 trilhões, correspondendo a 20,6% do PIB brasileiro.
A transformação digital e a inovação
Um dos aspectos mais notáveis do ranking deste ano é a ênfase na transformação digital. A pandemia de COVID-19 acelerou a adoção de tecnologias digitais, e muitas empresas que conseguiram rapidamente adaptar suas operações para o comércio eletrônico e a omnicanalidade viram seus negócios prosperarem. O uso de inteligência artificial, a expansão dos marketplaces e a integração entre lojas físicas e digitais são temas recorrentes no estudo, destacando como a inovação tecnológica é essencial para a sobrevivência e crescimento no varejo.
Empresas como o Grupo Carrefour Brasil, Assaí e Magazine Luiza, que lideram o ranking, são exemplos claros de como a inovação constante e a adaptação às novas demandas dos consumidores são essenciais para o sucesso. Essas empresas investiram pesadamente em tecnologia e na ampliação de seus canais de venda, garantindo uma experiência de compra integrada para seus clientes.
Desafios e oportunidades
Apesar dos avanços, o estudo também destaca os desafios enfrentados pelo setor. A crise de crédito, intensificada pelos problemas contábeis na Americanas, criou um ambiente desafiador para muitas empresas. Grandes varejistas, como Marisa, Tok&Stok e Polishop, enfrentaram dificuldades financeiras significativas, que resultaram em pedidos de recuperação judicial e fechamento de lojas.
No entanto, o ranking mostra que as oportunidades continuam a existir para empresas que se mantêm conectadas com seus clientes e que investem em eficiência operacional e transformação digital. Empresas como a RD Saúde, que expandiu agressivamente sua rede de lojas e aumentou seu faturamento oferecendo serviços de saúde em seus pontos de venda, são exemplos de como o varejo brasileiro continua a se reinventar.
O futuro do varejo brasileiro parece promissor, mas será necessário continuar investindo em tecnologia e inovação para manter o crescimento. A digitalização das operações, o uso de dados para entender o comportamento do consumidor e a integração entre o físico e o digital são tendências que devem continuar a moldar o setor nos próximos anos.
As 10 maiores empresas do varejo brasileiro em 2024
A seguir conheça as 10 maiores empresas do ranking e seus respectivos faturamentos:
- Grupo Carrefour Brasil – R$ 115,4 bilhões
- Assaí – R$ 72,8 bilhões
- Magazine Luiza – R$ 45,6 bilhões
- Grupo Casas Bahia – R$ 36,9 bilhões
- RD Saúde – R$ 36,3 bilhões
- Americanas
- Via Varejo
- GPA (Grupo Pão de Açúcar)
- Lojas Renner
- Havan
O estudo completo está disponível para download no site da SBVC.