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Comportamento

Apenas 3 de 10 brasileiros juntaram dinheiro para aliviar dívidas do início do ano

Pesquisa revela que 17% dos entrevistados não se planejaram para o período; 45,8% pretende parcelar dívidas para reduzir impactos

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Homem com carteira aberta, contando as moedas

O ano começou e milhares de brasileiros já estão com a cabeça quente pensando em como liquidar as despesas e dívidas de início de ano. IPVA, IPTU, matrículas e material escolar, uniformes, além das despesas extras no cartão de crédito feitas no natal e ano novo, além, é claro, das contas fixas como água, luz, telefone, aluguel e alimentação. 

Uma pesquisa realizada pela fintech Koin, mostrou que a minoria dos brasileiros, 3 em cada 10, afirmaram que guardaram dinheiro ao longo de 2023 para aliviar o baque das despesas de 2024, enquanto 17% assumiram que não planejaram. Quando se entende quais são os gastos fixos ao longo do ano, mesmo sendo uma estimativa, consegue-se planejar e buscar a melhor forma de saná-los. Ao criar um plano, o brasileiro pode usar fontes extras como décimo terceiro salário, ou ainda dividir quantias menores ao longo do ano.

Para o especialista Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, a educação financeira é o caminho. “É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor.”

O uso da regra 50, 30, 20, ajuda na organização das finanças e prioriza as despesas mais importantes, evitando dívidas. A regra financeira é simples e separa o orçamento em três partes: 50% para gastos fixos e essenciais, 30% gastos variáveis e que podem ser cortados caso necessário e 20% para investimentos ou criação de um fundo de reserva. 

Para entender melhor a regra, o especialista fez uma simulação com um salário de R$ 2 mil. “Com essa renda por mês você consegue separar R$ 1 mil para gastos fixos, R$ 600,00 com gastos variáveis e R$ 400,00 para investimentos ou reserva de emergencia”.

O levantamento da Koin trouxe, ainda, quais são as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores: 45,8% das pessoas pretendem parcelar as dívidas para reduzir os impactos; 39,5% vão pagar à vista; 10,8% vão usar reservas como poupança e investimentos para quitar os boletos. 

A pesquisa também revelou o quanto as pessoas esperam desembolsar no período. Quase a metade (45%) acredita que serão gastos mais de 3 mil reais. Outros 19,8% devem investir entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Os que vão gastar entre mil e R$ 2 mil são 17,5% e outros 8,8% devem desembolsar entre R$ 501 e mil reais.

Lamounier também alerta para a importância de acompanhar de perto as receitas e as despesas para poder se manter sempre no azul e não criar dívidas. “Identificar os pontos de melhoria,  analisar o mercado e traçar os seus objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”, analisa o especialista.

Imagem: Envato