Economia

Recuperações judiciais crescem 64,1% em fevereiro

Setor de Serviços liderou os pedidos, com 66 requisições, e micro e pequenas empresas foram as mais ameaçadas

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Gráfico com seta verde-água para baixo

De acordo com dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial divulgados pela Serasa Experian, o mês de fevereiro registrou 169 pedidos de recuperações judiciais. Frente aos 103 realizados no mesmo período do ano anterior, esse movimento representa uma alta de 64,1%. Em relação a janeiro, quando havia 149 pedidos, o crescimento foi de 13,4%. O menor número recente de recuperações judiciais ocorreu em dezembro, com 102. Vale lembrar que o indicador de recuperações judiciais aumentou quase 70% em 2023.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que os fatores que contribuem para o aumento das recuperações judiciais no Brasil são as taxas de juros elevadas, além da inadimplência tanto das empresas, quanto dos consumidores. “Apesar de estarmos vivenciando uma melhora com queda nas taxas de juros e na inflação, primeiro precisamos ter uma redução da inadimplência para depois presenciarmos uma queda no número de pedidos de recuperações judiciais que, na minha perspectiva, deve começar a acontecer a partir do segundo semestre deste ano”. 

Ainda segundo o índice, foram as “micro e pequenas” empresas que marcaram o maior número de requisições (107), seguida pelas “médias” (41) e “grandes companhias” (21). Esse resultado já é típico do índice, relevando a maior fragilidade das pequenas empresas.

A análise por segmento mostrou que o setor de “Serviços” foi o que mais demandou por recuperação judicial, com 66 pedidos. Depois ficaram as empresas de “Comércio”, com 54 requisições, seguidas pelas “Indústrias” (28) e “Primário” (21).

Requisições de falência

Por outro lado, no período avaliado, as solicitações de falências registraram redução de -7,0%, passando de 86 pedidos em fevereiro de 2023 para 80 no mesmo mês deste ano. Já em relação a janeiro de 2024, o índice foi de alta de 15,9%. Também, foram as “micro e pequenas” empresas que lideraram o ranking nas requisições de falências, com 44 solicitações. As “médias” vieram a seguir, com 21 requerimentos, já as “grandes” registraram 15. No recorte por setor, foi o de “Serviços” que registrou mais pedidos (33), seguido por “Comércio” (24) e “Indústria” (23). O segmento “Primário” não registrou nenhuma solicitação.

Imagem: Freepik

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