Economia
Prévia da inflação de fevereiro é de 1,23%, com volta do preço da conta de luz
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) do IBGE, a prévia da inflação de fevereiro ficou em 1,23%, a mais alta desde abril de 2022 (1,73%), e a mais alta para o mês de fevereiro desde 2016. A principal pressão sobre o índice foi do grupo Habitação (4,34%), com a volta do preço normal da energia elétrica residencial, que havia sofrido um alívio em janeiro com o bônus de Itaipu.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,96%, acima da meta de 4,5% do governo. O acumulado do ano, até agora, é de 1,34%.
Dentre os nove grupos pesquisados, sete tiveram alta em fevereiro. As principais vieram de Habitação, com impacto de 0,63 ponto percentual no índice, seguida de Educação (4,78%) e impacto de 0,29 p.p. Neste último grupo, a pressão vem de cursos regulares (5,69%), com o aumento habitual na volta às aulas. As maiores variações saíram do ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%). Do outro lado, os grupos Vestuário (-0.08%) e Comunicação (-0,06%) aliviaram a prévia.
O grupo Alimentação e bebidas (0,61%) teve uma desaceleração em relação a janeiro (1,10%). Os alimentos que mais encareceram no período foram a cenoura (17,62%) e o café moído (11,63%); já os que baratearam foram a batata-inglesa (-8,17%) o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%). O preço dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo atualmente.
Em relação às regiões pesquisadas, houve aumento na prévia da inflação de fevereiro em todas as 11. O maior resultado ocorreu em Recife, com 1,49%, em decorrência da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já a menor prévia foi em Goiânia (0,99%), com alívio nas passagens aéreas (-26,67%) e no arroz (-2,67%).
Vista das comportas da hidrelétrica de Itaipu. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil