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Pix cresce mais de 192% nos supermercados, aponta Abras

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Experiência de compra; varejo físico; supermercados

O uso de cartão de crédito superou o de débito como principal meio de pagamento nos supermercados, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em 2024, o crédito representou 31% das transações, frente a 25,4% em 2022 — uma alta de 21,9%. No mesmo período, o débito caiu 8,7% e o uso de dinheiro físico recuou 23,6%, embora ainda responda por 17,3% dos pagamentos.

O maior crescimento foi do Pix, que teve aumento de 192,8%, passando de 2,7% em 2022 para 7,9% em 2024. Os vales alimentação e refeição também registraram expansão, com alta de 14,3%. Segundo a Abras, 12% dos consumidores utilizaram o sistema de self check-out para concluir suas compras.

Os dados foram divulgados na noite de segunda-feira (14) durante a abertura do Smart Market Abras 2024, em São Paulo.

O Ranking Abras 2025 apontou que o setor supermercadista faturou R$ 1,1 trilhão em 2024, crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior. O número de lojas subiu 2,3%, alcançando 424,1 mil unidades, que recebem cerca de 30 milhões de consumidores por dia. O setor manteve 9 milhões de postos de trabalho, diretos e indiretos, e sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro chegou a 9,1%.

“O varejo alimentar brasileiro é robusto, inovador e essencial para o desenvolvimento do País”, declarou o presidente da Abras, João Galassi. Segundo ele, “os resultados reforçam nossa importância estratégica, destacando a força e a capacidade de crescimento contínuo de um setor vital para a economia e para a população brasileira”.

No ranking de faturamento, o Carrefour permanece em primeiro lugar, com R$ 120,6 bilhões. Em seguida aparecem o Assaí (R$ 80,6 bilhões), Grupo Mateus (R$ 36,4 bilhões), Supermercados BH (R$ 21,3 bilhões) e Grupo Pão de Açúcar (R$ 20 bilhões). As cinco maiores redes somaram R$ 278,9 bilhões, e as dez primeiras, R$ 344,6 bilhões. O levantamento inclui 1.017 empresas do setor.

A Abras destacou também a “baixa concentração de poder econômico” no varejo alimentar brasileiro. As três maiores redes foram responsáveis por 22% do faturamento em 2023, patamar que se manteve em 2024. Para efeito de comparação, a concentração chega a 41% na Espanha, 50% na França, 51% na Argentina, 80% no México, 91% no Chile e 100% no Peru.

O ranking da Abras, desenvolvido em parceria com a NielsenIQ, contempla diversos formatos de lojas, incluindo supermercados convencionais, hipermercados, lojas de vizinhança, lojas de conveniência, atacarejos, contêineres em condomínios e minimercados, mercearias, armazéns e hortifrutis.

Em 2023, micro e pequenas empresas representaram 76,8% dos estabelecimentos do varejo alimentar no Brasil, totalizando 318,4 mil em um universo de 414,7 mil. Elas também responderam por 61,1% dos empregos do setor, o equivalente a 5,5 milhões de postos de trabalho. Dentre essas empresas, 72% (228,1 mil) eram minimercados, mercearias e armazéns; 19% (59,1 mil) atuavam no comércio varejista de mercadorias em geral com foco em alimentos; e 10% (31,2 mil) se dedicavam à venda de hortifrutigranjeiros. Os dados têm como base a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) e utilizam informações do Sebrae, Ministério da Fazenda e Receita Federal.

Com informações de Agência DC News
Imagem: Envato

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