Economia
IPCA de abril fecha em 0,43%, com influência dos alimentos e saúde

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA de abril) esta manhã, 9, que mostra que a inflação oficial do país fechou em 0,43% no mês. Apesar de o índice ser o maior para o mês desde 2023, a inflação de abril marca um segundo mês de desaceleração, após os resultados de fevereiro (1,31%) e março (0,56%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula 5,53%, e no ano, 2,48%.
O acumulado do ano marca o quarto mês consecutivo fora da meta do Governo, de 3% de inflação em 2024, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. A meta é considerada descumprida se, por um período de seis meses, o resultado ficar acima do estabelecido.
Entre os nove grupos analisados, somente o de Transportes (-0,38%) recuou em abril. O resultado foi influenciado principalmente pela diminuição dos preços das passagens aéreas (-14,15%), o que exerceu o principal impacto negativo no índice de abril (-0,09 p.p.).
Do lado das altas, a maior variação veio do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,18%). O item que mais pesou nesse grupo foi o de produtos farmacêuticos (2,32%), após reajuste de até 5,09% nos medicamentos a partir de 31 de março.
O grupo de alimentação e bebidas (0,82%) também teve variação positiva, porém, desacelerou em relação ao mês de março (1,17%). Os principais itens que encareceram foram batata-inglesa (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%). Por outro lado, a cenoura (10,40%), o arroz (4,19%) e as frutas (0,59%) baixaram de preço. Destaca-se que, nos últimos 12 meses, o café ficou 80,2% mais caro, a maior alta desde o início do Plano Real.
Na variação regional, a maior inflação ocorreu em Porto Alegre (0,95%), e a menor em Brasilia (0,04%).