IPCA-15 é de 0,26% em junho, com diminuição nos preços dos alimentos

A prévia da inflação de junho, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira, é de 0,26%, o que representa uma desaceleração em relação ao mês anterior (0,36%), pelo quarto mês consecutivo. Nos últimos 12 meses, o acumulado do IPCA-15 é de 5,27%, e do ano é de 3,06%. Em comparação com junho do ano passado (0,39%), o índice também registrou desaceleração.

O principal responsável pela desaceleração do IPCA-15 foram os alimentos, que tiveram a primeira queda em dez meses. O grupo Alimentação e bebidas teve -0,02% de resultado, com a alimentação no domicílio (-0,24%) sendo responsável pelas principais baixas. O preço do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%) foram os que mais caíram no mês de junho. Por outro lado, o café moído (2,86%) continua subindo de preço.

Apesar da desaceleração, sete dos nove grupos analisados tiveram alta em junho. A principal pressão positiva veio da energia elétrica residencial (3,29% e impacto de 0,13 p.p.), devido a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Com isso, o grupo Habitação (1,08%) foi responsável pela maior alta do mês. Com essa tarifa, há uma cobrança adicional de R$ 4,46 por kWh consumidos.

O segundo grupo com maior impacto de alta foi o de Vestuário (0,51%), com roupas femininas (0,66%) e calçados e acessórios (0,49%) em alta. No grupo Transportes (0,06%), os combustíveis tiveram desaceleração nos preços (0,69%), com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).

Entre as regiões analisadas, Recife teve o maior resultado, de 0,66%, e Porto Alegre o menor (-0,10%).