Economia

Para 40% dos brasileiros, pix automático torna operações mais práticas

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Celular com página do Pix, sistema de pagamentos do Banco Central, aberta

Lançado oficialmente pelo Banco Central no dia 16 de junho, o Pix automático, que permite o débito de dívidas e assinaturas recorrentes de forma programada, promete facilitar o cotidiano dos brasileiros. Segundo um levantamento realizado pelo Mercado Pago entre os dias 11 e 12 de junho, 43% dos entrevistados devem usar a ferramenta para pagar contas básicas como água e energia.

A nova forma de pagamento representa uma evolução, não somente do Pix, mas também dos meios de pagamento de maneira geral, seguindo as tendências voltadas para tecnologia e praticidade. “A sociedade, já adaptada à agilidade do Pix, tende a ver essa funcionalidade como um avanço natural rumo à praticidade. Para o consumidor, significa mais controle, menos burocracia e o fim da preocupação com vencimentos mensais. Já para as empresas, é uma oportunidade estratégica de reduzir a inadimplência e otimizar o fluxo de caixa”, destaca João Fraga, CEO da techfin Paag.

A nova função do método de pagamento permite que consumidores quitem periodicamente suas despesas com mensalidades, assinaturas, planos de saúde, seguros e muitos outros, com a mesma agilidade e segurança do Pix tradicional, mas de forma programada e sem necessidade de repetição manual.

Tal funcionalidade resolve um antigo gargalo: o débito automático depende de acordos bilaterais entre empresas e bancos; exige-se, assim, que as instituições tenham contas em múltiplos bancos para atender clientes de diferentes origens bancárias. 

Agora, empresas de todos os tamanhos poderão utilizar uma única conta para receber pagamentos automáticos de clientes de qualquer instituição financeira participante do Pix. Isto representa uma redução significativa de custos operacionais, menos complexidade na gestão financeira e mais acesso a consumidores que estavam fora dos meios tradicionais de pagamento (este é o caso do cartão de crédito).

Ainda de acordo com a pesquisa, boa parte dos entrevistados revelam entender a modalidade como uma opção para tornar pagamentos mais ágeis e práticos (40%), além de enxergar o potencial de evitar atrasos e dívidas (33%). Outro ponto a ser destacado é a ideia do Pix automático como complemento do cartão de crédito na realização de gastos recorrentes, conforme apontado por 49% dos brasileiros.

A forte tendência de usos corriqueiros, como serviços de assinatura e contas básicas, vai ao encontro da informação do Banco Central de que, no mês de maio, das 6.643.037 operações realizadas, 42% foram do tipo P2B, ou seja, de pessoas para empresas. Juntos, esses dados revelam o alto potencial de adesão por parte de consumidores e negócios.

Apesar das vantagens, ainda existem barreiras no processo de difusão. Entre as principais, se encontram a necessidade de conhecer melhor a ferramenta antes de usar, devido ao receio de golpes ou fraudes e o medo do descontrole financeiro ocasionado pela facilidade com que os débitos são efetuados.

Dessa forma, uma implementação depende de uma comunicação efetiva e clara por parte das instituições financeiras. “Sua aceitação dependerá da confiança, da comunicação clara e da segurança na adesão. Mas, o potencial de transformar a forma como pagamos e recebemos é enorme”, diz o especialista.

Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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