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O que estamos perdendo ao viver no modo 2x?

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Outro dia me deparei com uma matéria do jornal O Globo sobre um hábito cada vez mais comum: assistir a vídeos e ouvir áudios em ritmo acelerado. É curioso como a busca por velocidade virou o novo normal. Queremos aprender mais rápido, produzir mais rápido, resolver tudo agora. Mas será que estamos realmente absorvendo o que importa?

Pode parecer inofensivo, mas estudos mostram que isso pode prejudicar a atenção, enfraquecer a memória e até aumentar os níveis de ansiedade. Esse consumo acelerado pode gerar um estado de alerta constante. O cérebro, condicionado a processar tudo rapidamente, acaba perdendo a capacidade de focar. Atividades simples começam a parecer lentas demais, e isso afeta não só a concentração e a memória, como também a nossa relação com o tempo.

No Kumon, acreditamos no caminho oposto: o da constância, da repetição e da paciência. Porque aprender de verdade não é acelerar o vídeo até o final, e sim entender cada cena. Quando uma criança avança no material apenas quando domina o conteúdo, ela está fortalecendo algo essencial e duradouro: a autonomia, a concentração e a confiança.

Talvez a pergunta que a gente devesse se fazer seja: o que estamos perdendo ao tentar ganhar tempo?

Como tudo na vida, o equilíbrio faz diferença. Nem sempre mais rápido é melhor. Às vezes, é no ritmo mais lento e contínuo que construímos as bases mais sólidas, para o aprendizado, para a vida e até para a saúde mental. O que você acha disso?

Imagem: Freepik

Leia também: Conviver com diferentes gerações no ambiente de trabalho: desafio ou oportunidade?



(*) Julio Segala
. Atua no franchising há 29 anos, graduado em Engenharia Elétrica, Matemática e Física, Mestre em Engenharia, Pós-Graduado em Gestão de Negócios, atualmente Vice-presidente de Operações no Kumon América do Sul, membro dos comitês de Microfranquias & Novos Modelos e Educação da ABF e instrutor dos programas de capacitação da ABF.

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