Primavera-verão deve movimentar R$ 125,3 bilhões no varejo de moda

O varejo de moda brasileiro deve registrar crescimento na coleção primavera-verão 2025, segundo estimativas do IEMI – Inteligência de Mercado. A projeção é de que as vendas de vestuário entre setembro e dezembro movimentem cerca de R$ 125,3 bilhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2024. Em volume, o crescimento estimado é de 4,6%, alcançando 2,5 bilhões de peças.

O mês de dezembro deve concentrar o desempenho mais expressivo, com avanço projetado de 5% no volume de peças e 8,3% em valores, totalizando R$ 48 bilhões em vendas, impulsionado pelas compras de Natal e festas de fim de ano.

“Esses números refletem não apenas o efeito calendário, mas também uma retomada do consumo em um ambiente de maior estabilidade econômica. O consumidor está mais confiante para investir em moda, especialmente em itens ligados às estações mais quentes, que têm forte apelo de estilo de vida e identidade cultural”, afirmou Marcelo Prado, economista e diretor do IEMI.

Relevância do setor e tendências de consumo

Para Edmundo Lima, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), os números confirmam a importância do segmento. “Esse crescimento, sustentado pela confiança do consumidor e pela diversidade de canais de compra, mostra a capacidade do setor de se reinventar e responder rapidamente às mudanças de comportamento. Ao mesmo tempo, evidencia a importância de mantermos o foco em práticas responsáveis, que assegurem competitividade com base em inovação, sustentabilidade e respeito às pessoas ao longo de toda a cadeia de valor”, disse.

O relatório do IEMI aponta que outubro deve registrar crescimento de 2,7% no volume de vendas e 6,7% em valores, somando R$ 24,9 bilhões. A antecipação de parte das compras já no início da estação contribui para o resultado.

“O avanço estimado para a primavera-verão reforça a trajetória de recuperação do setor, apoiada pela redução da desigualdade tributária com as plataformas de e-commerce internacionais, pela diversidade de canais de venda e pela adaptação das marcas às novas dinâmicas de consumo”, destacou Lima.

Segundo Prado, o desempenho de fim de ano será determinante para os resultados gerais de 2025. “O setor de vestuário tem mostrado resiliência, adaptando-se às mudanças no comportamento de compra e buscando eficiência em toda a cadeia produtiva. Esse movimento tende a se intensificar nas próximas coleções, consolidando um novo ciclo de crescimento”, afirmou.

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