Economia
Custo da cesta básica recua em oito capitais em agosto

Em agosto, o preço da cesta básica caiu nas oito capitais monitoradas pela plataforma Cesta de Consumo NEOGRID & FGV IBRE. A retração foi puxada, principalmente, por itens como arroz, legumes e ovos, que registraram queda em todas as cidades analisadas. Apesar do alívio no bolso do consumidor, o Rio de Janeiro permanece como a capital com o maior custo da cesta, ainda acima de R$ 940.
O Rio de Janeiro, que lidera o ranking, registrou queda de 1,35% em agosto, mantendo três meses seguidos de recuo. No semestre, a cesta fluminense ficou 2,99% mais barata, indicando uma desaceleração no avanço dos preços.
Na comparação mensal, Manaus foi a capital que mais reduziu os preços, com recuo de 3,03%. Já São Paulo apresentou a maior queda no acumulado de seis meses, de 4,93%. O movimento reforça a tendência de desaceleração da inflação de alimentos, embora alguns produtos, como pães e margarinas, ainda apresentem alta expressiva em determinadas regiões.
Em São Paulo, a redução mensal foi ainda mais intensa, de 2,07%, acumulando quase 5% de retração desde março. O movimento é semelhante ao observado em Curitiba, onde a cesta ficou 5,05% mais barata no semestre, a maior queda entre as capitais analisadas.
Já em Salvador e Fortaleza, o recuo dos preços em agosto não compensaram a alta que vinha se acumulando. Na capital baiana, a retração de agosto (-1,45%) não compensou as altas anteriores, resultando em um acumulado semestral positivo de 0,97%. Em Fortaleza, apesar da sequência de três quedas mensais, a cidade ainda acumula alta de 1,21% em seis meses.
Belo Horizonte, Brasília e Manaus apresentaram reduções mais moderadas. A capital mineira recuou 1,30% em agosto e 1,24% no semestre. Em Brasília, a retração foi de 0,27% no mês e de 2,86% no acumulado, enquanto Manaus, mesmo liderando a queda mensal, registrou recuo tímido de apenas 0,43% no período de seis meses.
A pesquisa também mostrou que, enquanto itens básicos como arroz, feijão e legumes têm aliviado o orçamento das famílias, derivados de trigo, milho e laticínios seguem pressionando os custos. A alta do dólar, estoques reduzidos e fatores climáticos continuam influenciando a formação dos preços, apontando que o consumidor ainda deve enfrentar oscilações nos próximos meses.
Imagem: Envato