Operação
WeWork está prestes a entrar com pedido de falência
Com bilhões de dólares em prejuízo, startup deve recorrer à lei de falências americana na próxima semana
De acordo com a agência Reuters, a WeWork planeja entrar com um pedido de falência nos Estados Unidos já na próxima semana. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto que afirmou na terça-feira, à medida que a empresa, apoiada pelo grupo SoftBank, enfrenta uma enorme dívida e pesados prejuízos.
As ações da companhia de coworking caíram 32% nas negociações após o fechamento do mercado, depois que o Wall Street Journal divulgou a notícia. No total, as ações já caíram cerca de 96% este ano.
Com sede em Nova York, a empresa está considerando entrar com um pedido de falência no Capítulo 11 (Lei de Falências) em Nova Jersey, de acordo com o WSJ, citando pessoas familiarizadas com o assunto. A empresa se recusou a comentar.
Na última terça-feira, a WeWork anunciou que havia chegado a um acordo com credores para adiar temporariamente os pagamentos de parte de sua dívida, com o prazo de carência se aproximando do fim.
A empresa tinha uma dívida líquida de longo prazo de US$ 2,9 bilhões até o final de junho e mais de US$ 13 bilhões em arrendamentos de longo prazo, em um momento em que os crescentes custos de empréstimos estão prejudicando o setor imobiliário comercial americano.
A entrada da WeWork com um pedido de falência representaria uma reviravolta impressionante para a empresa, que foi avaliada em US$ 47 bilhões em 2019, além de ser um duro golpe para o SoftBank, que perdeu bilhões no negócio.
A empresa enfrentou turbulências desde que seus planos de abrir capital em 2019 fracassaram devido ao ceticismo dos investidores em relação ao seu modelo de negócios de assinar arrendamentos de longo prazo e alugá-los a curto prazo, além de preocupações com suas pesadas perdas.
Nos anos seguintes, os problemas da WeWork não diminuíram. A empresa finalmente conseguiu abrir capital em 2021, mas com uma avaliação muito reduzida. Seu principal apoiador, o conglomerado japonês SoftBank, investiu dezenas de bilhões para sustentar a startup, mas a empresa continuou a registrar prejuízos.
Em agosto, a WeWork afirmou ter “sérias dúvidas” sobre sua capacidade de continuar operando, com vários executivos de alto escalão, incluindo o CEO Sandeep Mathrani, deixando a empresa.
Fonte: Reuters
Imagem: Envato