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Brasileiros pretendem fazer compras como autoindulgência na Black Friday

Segundo estudo, 43% das pessoas afirmam que vão gastar sem um orçamento rigoroso. Quase 80% afirmam que vão fazer compras como autoindulgência.

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Mulher entusiasmada segurando uma placa escrito Black Friday

Às vésperas da Black Friday 2023, cuja expectativa é de um crescimento de 17% apenas no e-commerce, a Bare International, em parceria com a SKS Customer Experience, promoveu uma pesquisa inédita e exclusiva que entrevistou 679 pessoas em todo o Brasil. O estudo apontou uma elevada intenção de compra associada à autoindulgência e à consolidação de hábitos digitais, mas desafios em relação à administração do orçamento e meios de pagamento.

79% dos entrevistados alegaram que vão realizar compras na Black Friday “Para mim! Eu Mereço”, com a Família ficando em segundo lugar com 61% das intenções. A intensa digitalização vivida durante a pandemia não refluiu e dá sinais de consolidação com 84% dos respondentes pesquisando ofertas e descontos online e apenas 11% indo até os pontos físicos. Na mesma linha, 68% planejam realizar compras online e receber em casa e 17% comprar online e retirar na loja; 12% preferem “pessoalmente, nada supera a emoção de ir à loja”. A pesquisa identificou um movimento interessante nas fontes de informação para busca de ofertas e descontos, com a aproximação das Redes Sociais (53%) do Google (67%) como referência nesta área, seguido de e-mails e newsletters com 29%. 

“O desejo do brasileiro de fazer boas compras nesta data ganhou novo fôlego após anos tão difíceis. Agora sim, podemos falar também de uma Black Friday digital first, o que gera uma série de consequências para as marcas. Fica claro também que os pontos físicos não estão completamente fora da jogada, mas precisam se inserir neste contexto digital para não perder vendas. E, claro, a experiência oferecida ao cliente tem que refletir essa expectativa do consumidor”, afirma Stella Kochen Susskind, diretora de Novos Negócios da Bare International Brasil, CEO da SKS Customer Experience e autora referência de livros sobre cliente oculto na América Latina.

A pesquisadora observa também que “a Black Friday ganhou aqui um ‘jeitinho brasileiro’, assim como está ocorrendo com o Halloween. No nosso mercado, além de ser dissociada de outras comemorações (nos EUA ela é fortemente ligada ao Feriado de Ação de Graças), a Black Friday é mais longa e ampla. Aqui até farmácias, serviços e alimentação entraram no jogo! Ou seja, temos que nos preparar para uma Black Friday à brasileira”. 

Os brasileiros clamam pelos descontos, é o fator mais importante na hora de decidir fazer sua compra(78%). Além disso, chamar atenção para o orçamento é importante, para saber melhor aproveitar os descontos e promoções: 43% afirmam gastar o que podem sem um orçamento rigoroso, 23% usam cartão de crédito e financiamento. Na amostra, o meio de pagamento preferencial disparado é o cartão de crédito (80%) – alavancado pelo parcelamento sem juros e programas de milhagens e benefícios –, seguido do Dinheiro (11%) e Paypal ou outros serviços de pagamento online (8%). 

“Identificamos uma preocupação com o orçamento, mas este é um ponto de atenção, dado o nível ainda alto de endividamento das famílias e o uso intensivo do cartão de crédito, especialmente nas rendas média e alta”, ressalta Stella Kochen Susskind.

Oportunidades e orientações

Stella ressalta ainda que a pesquisa confirma mais uma vez que a tendência da compra online veio para ficar. No entanto, uma parcela da significativa população mantém hábitos presenciais, de forma que os empresários devem alertar as equipes para não perderem vendas dentro dos canais físicos. “Com os consumidores dentro das lojas, surge o momento ideal para as equipes trabalharem as vendas adicionais e a fidelização dos clientes! Neste sentido, é essencial checar a eficiência dos atendimentos através de Clientes Ocultos no pré Black Friday, mas também durante já com vistas ao Natal”. 

Além disso, os dados confirmam a importância de estratégias de venda adicional no online (as já comuns sugestões de produtos ao longo da navegação), mas também no presencial, visto que uma parcela grande de consumidores gosta de comprar online e retirar na loja. “Quantas oportunidades são perdidas com o cliente no offline! Se o cliente está na loja para retirar não é oneroso a equipe trabalhar a venda adicional! Comprou uma Airfryer? Por que não oferecer os filtros, uma extensão de fio, uma fôrma de silicone? É preciso que fique claro também que o consumidor brasileiro já não é mais tão tolerante quanto antigamente. É preciso acompanhar a experiência de compra de perto e agir de forma assertiva”, ressalta a diretora de novos negócios da Bare International.

Imagem: Freepik

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