Amazon apresenta proposta para compra do TikTok nos EUA

A Amazon enviou uma proposta à Casa Branca para adquirir o aplicativo de vídeo TikTok de seus proprietários chineses, segundo fonte ouvida pela Bloomberg. A oferta foi encaminhada em carta ao vice-presidente JD Vance, que coordena os esforços para facilitar a venda das operações da plataforma nos Estados Unidos antes do prazo final desta semana, e ao secretário de Comércio, Howard Lutnick.

A proposta, relatada inicialmente pelo New York Times, não está sendo considerada com seriedade pelo governo, de acordo com a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato. A Amazon não comentou sobre o assunto.

Mesmo sem ser levada adiante, a proposta da Amazon pode influenciar as negociações, elevando o valor da transação e impactando possíveis concorrentes. Além disso, a participação nas negociações pode proporcionar à empresa informações sobre o desempenho financeiro do TikTok, incluindo a TikTok Shop, concorrente da Amazon no setor de varejo online.

O presidente Donald Trump deve se reunir com JD Vance e outros membros do governo nesta quarta-feira (2) para avaliar propostas relacionadas à venda das operações do TikTok nos Estados Unidos. Entre as alternativas, está um plano que envolve a Oracle Corp. e a Blackstone Inc., além de outros investidores, em uma possível joint venture, conforme divulgado anteriormente pela Bloomberg.

Prazo para venda e possível banimento

O governo dos Estados Unidos estabeleceu o prazo de 5 de abril para que a controladora do TikTok, ByteDance Ltd., encontre um comprador para suas operações no país. Caso contrário, o aplicativo poderá ser banido. O prazo pode ser prorrogado conforme necessidade, segundo Trump.

A decisão está relacionada a uma legislação aprovada por um grupo bipartidário de legisladores e sancionada pelo ex-presidente Joe Biden no ano passado, baseada em preocupações sobre a possível coleta de dados de cidadãos norte-americanos pelo governo chinês.

Trump já estendeu o prazo uma vez, de uma data inicial de 19 de janeiro. Mesmo com uma nova aprovação, a venda ainda dependeria do aval da ByteDance e do governo chinês. Não há informações sobre a participação da empresa chinesa nas negociações até o momento.

Com informações de Bloomberg e The New York Times
Imagem: Solen Feyissa/Unsplash