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“Arquitetura Sensorial”, de Juliana Duarte Neves, ganha edição revista e ampliada e sai pela Mapa Lab

Livro traz novos exemplos de obras projetadas pelo mundo para todos os sentidos

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Lançado originalmente em 2017, o livro “Arquitetura sensorial – A arte de projetar para todos os sentidos”, de Juliana Duarte Neves, ganha agora segunda edição, revista e ampliada, pela Mapa Lab, editora com foco no slow publishing. O lançamento no Rio de Janeiro será realizado hoje, dia 8 de abril, às 19h, na Livraria da Travessa do Leblon.

Juliana está à frente da premiada Kube Arquitetura, escritório há mais de 20 anos especializado em varejo. Sua dissertação “Sobre projetos para todos os sentidos: contribuições da arquitetura para o desenvolvimento de projetos dirigidos aos demais sentidos além da visão”, concluída na PUC Rio com pesquisa na Brown University, Rhode Island, EUA, deu origem ao livro, esgotado rapidamente após se tornar bibliografia básica para estudantes, arquitetos e designers.

arquitetura sensorial

Imagem: Divulgação

Nesses seis anos houve inúmeros avanços nos estudos da arquitetura sensorial e muitas iniciativas de projetos focados em envolver emocionalmente o visitante, utilizando-se os princípios da arquitetura sensorial, que acabou se tornando porta de entrada para novos campos de pesquisa. Esta segunda edição traz um refinamento da metodologia projetual proposta no livro original e exemplos atuais que tornam a sua compreensão e aplicabilidade mais claras. E o capítulo inédito “Desdobramentos da arquitetura sensorial” apresenta dois exemplos de campos de estudo mais recentes:

“Esta nova edição amplia os horizontes com a inclusão de duas contribuições fundamentais para a solidificação do campo de estudos da arquitetura sensorial no Brasil: as excelentes reflexões feitas por Lorí Crízel no texto ‘O entrelaçar da arquitetura sensorial com a neuroarquitetura: uma exploração sinestésica’; e o aporte personalíssimo de Ana Paula Chacur, arquiteta, pesquisadora e mãe de duas crianças autistas – enriquece o conteúdo com seu ponto de vista único sobre ‘Transtorno do espectro autista e arquitetura sensorial'”, aponta Juliana. É crucial que a arquitetura colabore para que os indivíduos que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA) se sintam seguros e equilibrados.

Sentimentos e experiências trazidas pelo design emocional

Que a nossa sociedade costuma dar mais importância à visão do que aos outros sentidos já sabemos faz tempo, mas a ideia de que o impacto de um espaço físico depende de tantos fatores de outra ordem é recente e pertence ao campo do design emocional, que inclui os sentimentos e experiências trazidas pelo design em um espaço construído pela mão humana.

“Embora nem sempre seja possível perceber, o que nos envolve ao entrarmos em um ambiente não é somente o que vemos dele, mas também os sentimentos que desperta, as emoções que traz e o grau de conexão que experimentamos naquele espaço físico. A primeira impressão que fica não é um impacto meramente visual, e sim sensorial: a temperatura, o aroma, a umidade do ar, a intensidade da luz, os sons do ambiente, a resposta do piso aos nossos passos – todos esses elementos, e uma infinidade de situações – influenciam o modo como nos sentimos em determinado lugar”, instiga.

Juliana esclarece que o objetivo da arquitetura sensorial é fazer com que a pessoa se sinta tão bem naquele ambiente que queira voltar outras vezes, o que é vital, por exemplo, para o segmento varejista. Além das leituras, a arquiteta saiu pelo mundo atrás de exemplos de construções que mostrassem como um projeto pode estar orientado para todos os sentidos.

“Nesta nova edição, apresento vários novos projetos em que tive a honra e o prazer de executar na Kube Arquitetura, e quatro construções que consideram a experiência do visitante para além da visão: o Thermal Baths, em Vals, na Suíça, de Zumthor, cuja finalidade é o bem-estar de seus visitantes; o Blur Building, dos arquitetos Elizabeth Diller e Ricardo Scofidio, um pavilhão de exposições temporário em formato de nuvem, construído para a Expo 2002, também na Suíça, e que se destaca pelos mecanismos projetados para a socialização dos visitantes; o Starbucks Reserve Roastery, que integra produto e serviço numa impressionante experiência educativa de ‘retailtainment’; e o Museu dos Judeus de Berlim, do arquiteto Daniel Libeskind, cujo objetivo é o de evocar o sentimento de solidariedade às vítimas do Holocausto”, enumera Juliana.

Além do livro impresso, serão lançadas as versões em e-book – em português e em inglês – além do audiobook, ampliando a difusão dos conteúdos produzidos. Uma realização da Marcela Bronstein Produções, coeditora do livro, esta nova edição de “Arquitetura sensorial – A arte de projetar para todos os sentidos” foi viabilizada com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura, Concrejato Engenharia, Praticagem RJ e Nasajon através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

 

“ARQUITETURA SENSORIAL”, lançamento no Rio de Janeiro
QUANDO: Segunda, dia 8 de abril, às 19h
ONDE: Livraria da Travessa – Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Store 205 A – Leblon
QUANTO: Entrada gratuita. O livro custa R$ 89

 

Informações e imagem: Divulgação / Assessoria BELMIRA IDEIAS E CONTEÚDO

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