Economia
Brasil é 8º mais caro para comprar roupa da Zara em lista de 50 países
Índice elaborado pelo BTG Pactual mostrou que as peças da marca custam 121% mais caro no Brasil do que nos Estados Unidos
O Brasil se encontra entre os países mais caros para comprar roupas da marca Zara, de acordo com o “Índice Zara”, um ranking elaborado pelo banco brasileiro BTG Pactual para comparar os custos de operação e os níveis de preços da empresa em diferentes países ao redor do mundo. Inspirado no famoso “Índice Big Mac” da revista britânica Economist, esse índice utiliza uma rede de varejo global como referência para analisar a competitividade de cada economia no setor. O Brasil se destaca como um dos países mais caros, com os preços médios das roupas da Zara sendo 1% mais altos do que nos Estados Unidos em 2022.
Quando consideramos o poder de compra de cada país, a situação se agrava ainda mais para o Brasil. Nesse caso, as roupas da Zara pesam 121% a mais no bolso dos brasileiros do que no dos norte-americanos, tornando o Brasil o 8º país mais caro entre os 50 considerados no ranking. A situação é resultado dos diversos fatores, como importação, logística e impostos elevados presentes no Brasil.
Durante a pandemia, os custos de fabricação de roupas aumentaram significativamente. No entanto, a habilidade das marcas em manter seus clientes mesmo após aumentar os preços foi crucial para sua sobrevivência. A Zara conseguiu lidar relativamente bem com essa situação em comparação com outras concorrentes globais, como a H&M sueca, de acordo com o relatório do BTG. No entanto, no Brasil, onde o preço final já é alto para os consumidores, essa margem de manobra é mais limitada, o que pode dificultar a vida das varejistas no país, resultando em queda nas vendas, aumento da dívida e falências.
Os países onde os consumidores encontrarão as roupas mais baratas da Zara incluem a Espanha, país de origem da marca, que ocupa a quarta posição na lista dos preços mais baixos, juntamente com outros países europeus próximos, como Portugal (3º) e a Grécia, que ocupa o primeiro lugar no ranking dos preços mais baixos.
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