Operação
Cade aprova fusão entre Petz e Cobasi
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, com restrições, a fusão entre Petz e Cobasi, que passam a formar uma empresa nacional com 515 unidades. A autorização depende do cumprimento de um Acordo em Controle de Concentração, que determina a venda de lojas em regiões onde foi identificada sobreposição competitiva.
Pelo acordo, Petz e Cobasi deverão alienar entre 20 e 30 unidades no estado de São Paulo, sendo 26 o número previsto inicialmente. A maior parte dessas lojas está localizada na capital paulista. As unidades representam 3,3% do faturamento conjunto das redes nos últimos 12 meses.
O advogado Pedro Campos Vasconcellos, especialista em fusões e aquisições do escritório Marcelo Tostes Advogados, afirmou que a aprovação pode impulsionar o segmento ao permitir a criação de uma empresa de maior porte. “A aprovação com restrições mostra o equilíbrio da autoridade antitruste. Essa fusão tem potencial para fortalecer a cadeia pet no país, criando uma empresa ainda mais robusta e competitiva. Isso pode gerar ganhos de eficiência, inovação e investimentos em escala nacional”, disse.
Segundo Vasconcellos, a principal preocupação do Cade estava relacionada à concentração de lojas em determinadas localidades, especialmente em São Paulo. “A preocupação central residia na sobreposição de lojas, especialmente em São Paulo. A análise busca evitar que a combinação dessas atividades gere uma participação de mercado capaz de afetar preços ou restringir a concorrência. O ACC foi fundamental para mitigar esse risco”, afirmou.
O especialista explicou que a alienação de pontos de venda é um mecanismo comum para preservar a dinâmica concorrencial. “Ao definir previamente a venda de determinados pontos de venda, o Cade assegura que a estrutura concorrencial seja preservada. É uma medida proporcional, que permite que a operação siga adiante sem comprometer a dinâmica competitiva”, observou.
Com a aprovação, Petz e Cobasi formam a maior empresa do varejo pet no país, em linha com movimentos de consolidação em mercados internacionais. Vasconcellos afirmou que o ambiente competitivo permanece ativo. “Para o consumidor, a competição permanece saudável. A fusão não elimina concorrentes relevantes e, com o ACC, o Cade reforça as garantias para um ambiente equilibrado. É um avanço importante para o segmento”, concluiu.
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