Economia
Com US$7 bilhões em dívidas, grupo Casino tem nova rodada de ofertas
Grupo busca na venda uma solução para a crise financeira que vem enfrentando, além de aportes bilionários feitos por holdings
Interessados em adquirir o grupo Casino apresentaram seus planos para resgatar o grupo nesta terça-feira (11), de acordo com informações divulgadas pelo jornal francês Les Echos. O bilionário tcheco Daniel Kretinsky está competindo com um consórcio liderado pelo empresário de telecomunicações Xavier Niel, o banqueiro de investimentos Matthieu Pigasse e o empresário Moez-Alexandre Zouari para assumir o controle do Casino, que enfrenta uma dívida líquida de €6,4 bilhões (US$7 bilhões) e um aumento do risco de “default”. Ambos os grupos apresentaram suas propostas em uma reunião organizada pelo Ministério das Finanças francês, detalhando estratégias de preços, futuro das lojas e metas de vendas e lucratividade.
Após a reunião, os mediadores responsáveis pelas negociações com os credores do Casino estabelecerão um prazo para que os concorrentes apresentem suas ofertas finais. O empresário Matthieu Pigasse afirmou que apresentará uma oferta revisada, sem fornecer detalhes, enquanto o jornal “Les Echos” informou que Daniel Kretinsky também aumentará sua oferta. Os planos abordaram diversos aspectos relacionados à recuperação do Casino, como estratégias de preços, futuro das lojas, metas de vendas e lucratividade.
O grupo Casino está buscando soluções para sua situação financeira complicada. Daniel Kretinsky lidera um plano de investimento de €1,35 bilhão de euros para resgatar a empresa, superando uma proposta apresentada pela 3F, a holding liderada por Xavier Niel, Matthieu Pigasse e Moez-Alexandre Zouari. No entanto, as injeções de dinheiro são apenas o primeiro passo de um amplo plano de reestruturação que exigirá um acordo com os detentores de dívidas em um processo judicial. O prazo para um acordo em princípio sobre os termos da reestruturação financeira foi estabelecido para 27 de julho.
O governo francês está preocupado com possíveis demissões no Casino, que é o sexto maior varejista do país, contando com cerca de 50 mil funcionários no final do ano passado. Independentemente da oferta vencedora, os acionistas existentes sofrerão uma diluição significativa, de acordo com o Casino. A empresa está lidando com as consequências de anos de negócios baseados em dívidas, que, juntamente com a perda de participação de mercado e a queda na receita, a colocaram à beira da falência.
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