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China concede tratamento de tarifa zero a países menos desenvolvidos

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A China anunciou tratamento de tarifa zero para 100% das linhas tarifárias a todos os países menos desenvolvidos com os quais mantém relações diplomáticas. Com isso, é o primeiro grande país em desenvolvimento e economia de peso a anunciar tal política, reforçando seu compromisso com a cooperação de benefício mútuo e criação de novas oportunidades globais por meio de seu próprio desenvolvimento.

De acordo com uma declaração da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado, feita em setembro, a medida tem como objetivo expandir a abertura unilateral aos países menos desenvolvidos e alcançar o desenvolvimento comum.

Para produtos sujeitos à administração de cotas tarifárias, as mercadorias dentro das cotas terão tarifas zeradas, enquanto as tarifas sobre mercadorias que excederem essas cotas permanecerão inalteradas, segundo o comunicado.

A política recebeu uma resposta positiva de empresas de países menos desenvolvidos durante a 2ª Exposição Internacional de Cadeia de Suprimentos da China, realizada em Pequim de 26 a 30 de novembro, pois oferece maiores oportunidades no mercado chinês.

“Estamos muito felizes com essa política. Isso aumentará nossa colaboração com a China”, disse Emma Mutijima, CEO da Phoenix Ventures, uma empresa agrícola de Ruanda.

Mutijima afirmou que sua empresa considerará expandir a escala das exportações de produtos agrícolas para a China graças à nova política. “Temos mel, café e pimenta, e todos esses produtos têm alta demanda na China. Estamos tentando promover os produtos de Ruanda no mercado chinês”, acrescentou.

Empresas da República Democrática do Congo (RDC) também estão mais motivadas a aumentar suas exportações devido à nova política. “Precisamos diversificar nossa variedade de exportações para a China, e é por isso que estamos aqui”, afirmou Thythy Nsumbu Tshikala, diretora de desenvolvimento de produtos e assistência técnica da Agência Nacional de Treinamento em Exportação da RDC.

A China busca ajudar a impulsionar o crescimento interno nos países menos desenvolvidos, promovendo setores como agricultura e manufatura, disse Song Wei, professor da Escola de Relações Internacionais e Diplomacia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim.

Diante do aumento do protecionismo e do unilateralismo no Ocidente, a decisão da China de compartilhar ativamente oportunidades com outros países, com base em seu vasto mercado, também terá um efeito positivo no incentivo à globalização econômica e na divisão global do trabalho, destacou Song.

Nos últimos anos, a China tem ampliado seu processo de abertura. Recentemente, o país eliminou todas as restrições de acesso ao mercado para investidores estrangeiros no setor de manufatura, em um movimento de abertura histórica, proporcionando a tão necessária certeza e oportunidades a uma economia mundial que enfrenta anos de crescimento lento.

Imagem: Envato
Informações: Ma Jingjing and Chang Chaofan para Global Times
Tradução livre: Central do Varejo

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