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Claro e Mimo destacam poder do conteúdo e live commerce para PMEs no Web Summit Rio

No palco do Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, um painel chamou atenção ao propor um novo olhar sobre como vender para pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil. Intitulado “O poder do conteúdo: transformando a forma como vendemos para pequenas e médias empresas”, o bate-papo reuniu duas lideranças femininas do setor: Roberta Godoi, CEO de PMEs da Claro, e Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales.
O encontro, mais do que uma troca de ideias, foi uma experiência ao vivo: enquanto falavam, as empresas protagonizavam uma live commerce em tempo real, diretamente do estande da Claro. O objetivo era mostrar, na prática, como o conteúdo interativo pode ser uma ferramenta poderosa para impulsionar vendas e engajamento no ambiente digital — mesmo quando se trata de produtos ou serviços mais complexos.
Novo momento da Claro Empresas
Durante a conversa, Roberta apresentou o reposicionamento da Claro no segmento B2B. Com a integração da marca Embratel à Claro Empresas, a operadora reforça sua aposta em soluções digitais completas para PMEs. A transição, segundo ela, foi feita de forma cuidadosa, respeitando o legado da Embratel na história das telecomunicações brasileiras.
“A gente precisava fazer essa transição de forma bastante suave”, comentou Roberta. “Mas hoje faz muito sentido concentrar todos os nossos negócios B2B sob uma única marca. Isso não é apenas branding, é sobre agregar conectividade, mobilidade e soluções digitais em uma oferta coesa para nossos clientes.”
A executiva destacou que hoje, para existir, uma empresa já nasce com a necessidade de um “kit básico”: conectividade, mobilidade, presença digital, segurança da informação e armazenamento em nuvem. E, conforme cresce, passa a demandar soluções mais robustas — como servidores, plataformas de colaboração e redes complexas de dados.
Conteúdo como elo entre produto e conversão
Mas se a oferta é cada vez mais tecnológica, como explicar isso para um público diverso e muitas vezes sem formação técnica? É aí que entra o papel do conteúdo e das novas formas de se comunicar com o cliente.
“O maior desafio é como traduzir tudo isso para cada tipo de PME, de forma que a proposta de valor seja clara”, explicou Roberta. “Não dá para tratar todas do mesmo jeito.”
Segundo Monique Lima, é exatamente esse o poder do live commerce: personalizar a mensagem, humanizar a venda e aproximar marca e cliente. A solução oferecida pela Mimo une transmissão ao vivo e e-commerce numa única tela. “É diferente de uma live em rede social. Aqui, a pessoa pode interagir, tirar dúvidas e comprar ali mesmo”, destacou.
Monique lembrou que o brasileiro já está acostumado com esse formato: “89% da população já compra online e metade prefere comprar por vídeo. Isso não é uma tendência, é dado. Então por que ainda entregamos uma experiência fria?”
Do storytelling à conversão
Para Monique, o segredo está no storytelling: “Vender é contar histórias. O que a gente conta e como conta muda tudo”. A executiva reforçou que o live commerce não é exclusivo de moda e beleza. “É possível vender serviços e soluções complexas. A Claro está fazendo isso com a gente.”
Com dados em tempo real, a ferramenta permite entender o comportamento do consumidor: quanto tempo permaneceu na live, quais dúvidas teve, que tipo de pergunta levou à conversão. “É o melhor focus group que uma marca pode ter”, disse Monique.
Além disso, a estratégia encurta o funil de vendas. “Se antes um serviço era fechado em três a seis meses, agora podemos converter muito mais rápido. Capturamos leads, fazemos retargeting e usamos os dados para melhorar constantemente a abordagem.”
O futuro do varejo digital
Tanto Roberta quanto Monique acreditam que o live commerce é o futuro da experiência digital de compra e venda. No formato defendido por ambas, o foco está na espontaneidade e na conexão humana — em contraste com grandes produções que nem sempre geram conversão.
“A melhor live é simples. É um bate-papo, uma troca real. Quando a pessoa se sente à vontade, ela pergunta mais, interage mais e compra mais”, defendeu Monique. E Roberta complementou: “O live commerce aproxima o físico do digital. É conteúdo, experiência e, principalmente, relacionamento.”
Para selar o compromisso com a transformação digital das PMEs, a Claro lançou durante o Web Summit sua nova plataforma de cloud — a Claro Cloud — e reforçou seu hub de soluções digitais, agora aberto também para startups que queiram se integrar ao ecossistema da empresa.
No fim, o painel foi mais que um debate sobre inovação: foi um convite para repensar como marcas se conectam com seus clientes e como o conteúdo pode, de fato, transformar a forma como vendemos no Brasil.
Imagem: Ygor Piva