Economia
Com ICMS de 17%, preços cobrados por sites chineses podem dobrar
Atualmente, alíquotas variam bastante, chegando a 37% em alguns casos, mas muitas compras acabam não sendo taxadas
Anunciada na semana passada, a iniciativa dos estados de adotar uma alíquita única de 17% para compras internacionais deve fazer com que os preços fiquem mais caros para o consumidor. Em alguns casos, a expectativa é que eles chegem a dobrar em relação aos valores cobrados atualmente, especialmente nos casos de plataformas chinesas como Shein, Shopee e AliExpress, pois os valores serão repassados para o cliente final.
A nova medida deve ajudar a colocar em prática um plano do Ministério da Fazenda que tem como objetivo garantir que essas empresas paguem os impostos devidos. Atualmente, as alíquotas de imposto sobre essas compras podem variar bastante, chegando até a 37% em alguns casos.
O governo já enviou um plano para as empresas, pedindo a colaboração delas nesse processo. A adesão é voluntária, mas o governo está confiante de que as principais empresas vão aceitar. Nos últimos meses, o país vem trabalhando para melhorar a fiscalização das empresas de vendas online, começando pelo debate sobre a taxação de compras de até US$50.
A previsão é que essa medida seja concluída e assinada depois do feriado de Corpus Christi. O governo está finalizando os detalhes junto com os Correios, que são responsáveis pela entrada dos produtos no Brasil. Uma das mudanças propostas é que os sites indiquem o valor total já no ato da compra, incluindo os impostos.
Outra mudança importante que deve ter um impacto positivo para os compradores é que, atualmente, todas as encomendas passam por uma área de fiscalização antes de chegar aos consumidores. Com as novas medidas, muitas encomendas poderão ser entregues diretamente nas casas dos consumidores, o que vai torná-las mais rápidas.
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