Economia

Como a crise ambiental impacta a economia

A produção agrícola mundial é prejudicada pelas temperaturas extremas, os preços dos alimentos sobem, desastres ambientais causam destruição, e até encanamentos e asfalto começam a derreter em certos locais

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Terra seca e rachada ilustra crise climática.

Crise climática afeta economia. Apesar do que é comum pensar, preservação ambiental não é oposta à prosperidade econômica. Pelo contrário, estudos mostram que, conforme a crise ambiental aumenta, a economia também fica prejudicada. 

São vários os setores afetados. Por exemplo, em um mundo em que o aquecimento global é emergente, não é possível manter os ciclos de plantio e colheita de forma suficiente, e os alimentos ficam mais caros, além de a exportação ficar comprometida, como já observam os agrônomos no Brasil. Desastres naturais, como rompimento de barragens, deslizamentos, incêndios e alagamentos causam enormes prejuízos à economia local. Além disso, até a própria saúde da população é ameaçada em situações climáticas extremas, gerando uma alta despesa para o sistema de saúde.

O mês de julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado na história até o momento. No norte mundial, eventos como inundações, incêndios, e ondas de calor causaram diversos prejuízos, como morte, destruição, interrupção da produção de petróleo e até derretimento de encanamentos e asfalto. Tudo isso gera um alerta sobre a crise ambiental e climática: talvez o nosso sistema, criado para funcionar em uma temperatura estável, não seja capaz de suportar um mundo em colapso.

Terra seca e rachada ilustra crise climática.

A Consultoria Empresarial Deloitte estima que, até 2070, o mundo irá perder cerca de 178 trilhões de dólares, se a emissão de carbono continuar a mesma. Uma prova disso é o impacto severo que a pandemia de Covid-19 teve na economia global, e como crises como essa estão cada vez mais propensas a acontecer. De acordo com relatório do Banco Mundial, a crise econômica causada pela pandemia afetou 90% dos países, e foi pior que a Grande Depressão, as guerras mundiais, e a crise de 2007.

No Brasil, a situação não é diferente. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que, de 2013 a 2022, a perda financeira com eventos climáticos extremos foi de 26 bilhões de reais. Em um país em que o agronegócio representa 23% do Produto Interno Bruto (PIB), os impactos ambientais afetam diretamente os resultados financeiros do país, o número de empregos, e a capacidade de exportação. A China, maior parceira comercial do país, já sinalizou que só continuará aumentando o consumo de produtos alimentícios do país se a origem for sustentável.

Imagem: Envato

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