Como escalar internacionalmente e conquistar novos mercados?

Durante o painel Scaling internationally: Conquering new markets no Web Summit Rio 2024 (16), líderes de fintechs brasileiras compartilharam suas ideias sobre suas estratégias para escalar internacionalmente, com destaque para a entrada no mercado dos Estados Unidos.

Luis Silva, fundador da CloudWalk, anunciou o lançamento de um produto de pagamento instantâneo nos EUA, destacando a escolha do país como o primeiro mercado internacional. “Acreditamos que podemos conquistar uma parcela significativa do mercado nos EUA, especialmente porque estão no início dos pagamentos instantâneos”, afirmou Luis. Ele enfatizou a importância de acelerar o fluxo de caixa para os microempreendedores, impulsionando seus negócios.

Sebastian, fundador da fintech Kushki, compartilhou sua experiência de expansão em mercados latino-americanos. Ele enfatizou os desafios de construir infraestrutura de pagamento em mercados onde ela ainda não existe. “Em cada mercado, enfrentamos desafios únicos, mas nosso objetivo é padronizar as interações de pagamento e criar soluções plug and play para os comerciantes”, explicou Sebastian.

Ambos os fundadores discutiram a importância da colaboração com reguladores e o papel das fintechs na modernização das infraestruturas de pagamento. “Interagir com reguladores é complexo, mas essencial. Eles estão lá para nos ajudar e guiar”, disse Luis. Sebastian acrescentou que os reguladores, em geral, têm uma abordagem cooperativa em relação às fintechs.

No entanto, os desafios persistem, principalmente no que diz respeito à educação do mercado e à adoção de novas tecnologias. “Educar os usuários é sempre um desafio. É uma parte essencial de nossa estratégia de entrada no mercado”, compartilhou Sebastian. Por outro lado, Luis destacou o desafio futuro de competir com algoritmos de inteligência artificial eficientes. “Nos próximos anos, a IA vai mudar o cenário dos pagamentos, e precisamos estar prontos para isso”, afirmou.

Apesar dos desafios, os líderes estão otimistas em relação ao futuro das fintechs brasileiras nos mercados internacionais. “Estamos enfrentando novos desafios, mas também vendo novas oportunidades para inovar e crescer”, concluiu Luis Silva.

Fabiana Hamada para Central do Varejo – Acompanhe a autora no LinkedIn

Imagem: Envato
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