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Economia

Como foi o ano de 2023 para o varejo?

Segundo o presidente da SBVC, o ano passado foi heterogêneo, com resultados positivos, mas ainda algumas dificuldades

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Executivo de terno mudando cubinho de 2023 para 2024

O ano de 2023 se encerrou com alguns marcos positivos e outros negativos. A taxa de juros começou a recuar pela primeira vez em mais de um ano, vários brasileiros renegociaram  suas dívidas, e o PIB cresceu. Por outro lado, a Black Friday não foi tão positiva, nem as vendas no natal. Várias empresas pediram recuperação judicial e fizeram demissões, além de uma alta taxa de fechamento de empresas, segundo o Serasa Experian. Nesse sentido, a Central do Varejo conversou com o presidente da Sociedade Brasileira do Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Acompanhe a entrevista na íntegra:

– O ano de 2023, no final das contas, teve um saldo positivo ou negativo para o varejo?

Acho que não dá para a gente colocar nem o viés positivo nem negativo, não dá para dizer que foi ruim, mas dá para dizer que foi um ano heterogêneo. Por exemplo, no setor de material de construção, no eletro (setores que dependem de crediário) dá para dizer que foi ruim. Para outros setores de bens correntes, supermercado, farmácia, pet foi um ano bom, mas não foi um ano sensacional. E ainda foi heterogêneo para as empresas, por exemplo as empresas mais endividadas, e que tinham um custo financeiro maior sofreram mais do que as empresas com caixa.

– Quais foram as maiores dificuldades?

Acho que a maior dificuldade foi, de fato, financiar a expansão, o crescimento e o capital de giro, por conta da taxa de juros, acho que essa foi a grande dificuldade. E, ainda, esse contexto de instabilidade internacional política que contribuiu também.

– Quais foram as conquistas para o varejo em 2023?

Eu diria que foi um ano em que o varejo conseguiu ter uma racionalidade maior em relação a tudo: no que investir, nos estoques e principalmente na digitalização. A tecnologia vinha de uma forma quase desenfreada, sem medir muito o crescimento a qualquer custo, e eu acho que as dificuldades em acesso à capital trouxeram essa conquista da racionalidade.

– Como foi a geração de empregos?

Em termos de geração de emprego foi um ano positivo tanto pro Brasil, quanto pro varejo. A gente termina o ano com o saldo tanto dos empregos formais do CAGED, quanto dos empregos totais, positivo e isso é base para que a gente tenha consumo.

– Mais empresas fecharam ou nasceram no ano?

Houve um superávit, o saldo é positivo, mas como a gente tá vivendo muita transformação, a gente tem um número importante de empresas que não entenderam o novo contexto, não fizeram a lição de casa, e que estão ficando para trás. E isso só abre a oportunidade para outras surgirem e crescerem.

– E para 2024, quais são as expectativas?

Para 2024, eu acho que a gente tem um primeiro semestre muito parecido com 2023. Mas temos tudo para ter um segundo semestre mais positivo, principalmente se a gente conseguir avançar na redução da taxa de juros e nessa instabilidade internacional das guerras em Israel e na Ucrânia. Se a gente tiver um contexto internacional um pouco mais calmo e uma taxa de juros continuamente caindo, a gente tem tudo para ter um segundo semestre um pouquinho diferente.

Imagem: Envato

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