Economia
Consumo nos lares registra alta com a redução do desemprego
Aumento no mês de junho foi de 6,96%, no primeiro trimestre o crescimento foi de 2,47%
De acordo com os dados fornecidos pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros teve um aumento de 2,47% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Comparando o mês de junho com maio, houve um crescimento de 0,55% no consumo. Em comparação com junho de 2022, a alta foi ainda maior, alcançando 6,96%.
Esses indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que os números levam em conta o impacto da inflação, proporcionando uma visão mais precisa do comportamento do consumo real dos lares brasileiros.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, atribui esse aumento consistente e gradual no consumo a diversos fatores favoráveis, como a redução do desemprego, reajustes salariais e a consolidação dos programas de transferência de renda. Para os próximos meses, espera-se que o consumo continue crescendo, especialmente se a inflação sobre a cesta de alimentos se mantiver sob controle. Algumas datas importantes, como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano, também devem incentivar o consumo.
Além disso, a Abras destaca que no segundo semestre, a entrada de recursos na economia, como o pagamento do 13º salário dos trabalhadores com carteira assinada e os pagamentos de restituições do Imposto de Renda de 2023, aliados à manutenção dos programas de transferência de renda, devem impulsionar ainda mais o consumo das famílias.
No que diz respeito aos preços dos produtos da cesta básica, a Abrasmercado, que é uma cesta composta por 35 produtos de largo consumo, incluindo alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, apresentou um recuo de 1,75% nos preços durante o primeiro semestre. No mês de junho, todas as regiões pesquisadas registraram deflação nos preços da cesta.
Entre os produtos com maior queda de preços no período estão as carnes, com a carne bovina (cortes do traseiro) apresentando uma queda de 8,20% e os cortes do dianteiro com queda de 5,88%. O frango congelado viu o preço cair em 5,78% e o pernil em 2,42%.
Na cesta de alimentos básicos, composta por 12 produtos, também houve uma variação negativa, com uma queda de 1,77% nos preços em junho em relação a maio, resultando em uma média nacional de R$316,29 em junho.
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