Desemprego cai no último trimestre, puxado por SP, diz IBGE

No terceiro trimestre deste ano, o Brasil apresentou uma queda na taxa de desemprego, atingindo 7,7%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Esta marca representa uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, indicando uma tendência positiva no mercado de trabalho nacional.

De acordo com a pesquisa, apenas três unidades da federação – Acre, Maranhão e São Paulo – acompanharam essa diminuição no desemprego, enquanto Roraima registrou um aumento no mesmo período. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, destaca a contribuição fundamental de São Paulo para esse cenário nacional, com uma queda de 7,8% para 7,1% no índice de desemprego.

A redução na taxa de desocupação não foi uniforme em todo o país. Embora a maioria das UFs tenha apresentado uma tendência de redução, somente três estados registraram quedas estatisticamente significantes, evidenciando a não disseminação desse processo. Segundo Beringuy, “São Paulo tem uma importância dada a seu contingente no mercado de trabalho, influenciando bastante na queda em nível nacional”.

Os dados revelam que, além de São Paulo, Maranhão e Acre também experimentaram uma diminuição na desocupação, destacando-se o movimento de redução na procura por trabalho e expansão na ocupação, especialmente nos setores de alojamento, alimentação e atividades financeiras.

Entretanto, a realidade foi diferente em Roraima, que testemunhou um aumento na taxa de desocupação de 5,1% para 7,6% durante o terceiro trimestre de 2023. Regionalmente, o Nordeste permanece com a maior taxa de desemprego (10,8%), enquanto o Sul registra a menor (4,6%).

A análise trimestral do IBGE indica uma tendência geral de redução na desocupação em todas as regiões do país. A queda estatisticamente significativa foi observada especialmente no Sudeste, onde a desocupação diminuiu de 7,9% para 7,5%, sendo a região que mais contribuiu para a diminuição da taxa de desemprego em nível nacional.

Os números também revelam um aumento estatístico na população ocupada nos setores de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, contribuindo para a redução do desemprego em algumas áreas específicas.

Beringuy ressaltou que a pesquisa demonstra um cenário de queda no desemprego impulsionado por diferentes dinâmicas regionais e setoriais, apontando para uma redução na procura por trabalho em alguns estados, enquanto outros expandem sua ocupação em setores específicos.

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