Operação
Dono da Arezzo doa para os filhos ações de império de R$7,2 bilhões
Gesto faz parte do processo de sucessão que o fundador Anderson Birman planejou para a empresa criada em Minas Gerais
Anderson Birman, o empresário por trás da criação de um império de marcas aspiracionais, está realizando uma sucessão planejada e suave em sua empresa, a Arezzo, segundo matéria divulgada pelo Brazil Journal. Ele anunciou que está doando a maior parte de suas ações aos filhos Alexandre, Patricia, Allan, André e Augusto. Alexandre, que já é o CEO da empresa há 10 anos e foi preparado desde a adolescência para liderar, está recebendo 9,7 milhões de ações. Seus irmãos estão recebendo 4,11 milhões de ações cada. Juntos, os filhos Birman possuem cerca de 41% do capital da empresa, que atualmente vale R$7,2 bilhões na Bolsa.
A decisão de transferir patrimônio em vida é consistente com o histórico de Anderson,. Ele sempre teve obsessão pela perenidade da Arezzo&Co, como pode ser visto no lema “Rumo a 2154”, que reflete o olhar de longo prazo do empresário. Anderson, que tem 69 anos e nasceu em Manhuaçu, interior de Minas Gerais, começou a trabalhar desde muito jovem e fundou a Arezzo aos 18 anos, junto com seu irmão Jefferson, na garagem da casa de seu pai em Belo Horizonte.
Seu filho Alexandre, por sua vez, seguiu seus passos empreendedores e começou a trabalhar na fábrica da família aos 16 anos. Depois de fazer cursos no exterior, ele criou a marca Schutz aos 18 anos, com o apoio e a mentoria de seu pai. A Schutz permaneceu independente até 2007, quando se fundiu com a Arezzo, dando origem à Arezzo&Co. Desde então, Alexandre vem liderando a empresa com sucesso, sob a orientação de seu pai.
Para garantir uma transição patrimonial tranquila, os irmãos Birman assinaram um acordo regulando seu relacionamento como acionistas e o exercício do voto quando o usufruto acabar. A transição foi planejada com a ajuda de consultores especializados em empresas familiares, como João Bosco Lodi e John Davis. A equipe jurídica responsável pela transação incluiu advogados do BMA Advogados, Alessandra Rugai Bastos, do Guimarães Bastos, e Luiz Octávio Lopes, do Lefosse.
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