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Faturamento cresceu 10% nas lojas físicas em dezembro, mas fluxo do varejo recuou

Segundo dados do IPV, o ticket médio teve uma alta geral de 9%; regiões com maior aumento de faturamento foram Nordeste e Centro Oeste

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Mulher entregando sacola de compras para outra mulher em loja de roupas, PMEs

De acordo com a pesquisa Índice de Performance do Varejo (IPV), da HiPartners Capital & Work em parceria com a SBVC, em dezembro do ano passado, lojistas de shoppings apresentaram retração de 1% e os de rua, 3%, em relação ao mesmo período de 2022, porém o faturamento cresceu 10% em âmbito nacional.

O fluxo de visitação em lojas físicas registrou queda de 2% no mês de dezembro de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os estabelecimentos de shoppings apresentaram recuo de 1% e os de rua, 3%, na mesma base de apuração. No acumulado do ano, 2023 teve crescimento em relação à 2022, com destaque para o fluxo de visitas a shopping centers, que performou 9% a mais no período.

Além disso, em 2023, a semana encerrada na véspera de Natal contou com alta de 36% em relação ao domingo anterior. Para efeitos de comparação, no mesmo período do ano passado, a alta foi de 39%.

Vendas em alta no varejo

Já a quantidade de boletos no varejo subiu 1% para lojas físicas, frente ao mesmo mês de 2022. Para os estabelecimentos de rua, a alta foi de 3%, enquanto lojistas de shoppings registraram retração de 6%.

Pela visão do faturamento médio nominal, houve variação expressiva – crescimento de 10% no Brasil, sendo expansão de 13% para lojas de rua, ao passo que as lojas localizadas em shoppings apresentaram contração de 1%.

Esse movimento refletiu ainda em uma variação no ticket médio nominal de alta geral de 9%, sendo crescimento de 10% para estabelecimentos de rua e de 5% para lojas de shoppings.

“Ainda que a pesquisa evidencie retração no fluxo de consumidores, o mês de dezembro registrou crescimento nas vendas devido ao aumento da conversão e do ticket médio. De qualquer maneira, a perspectiva para o varejo se mantém levemente positiva, tendo em vista a recomposição da renda somada à política de renegociação de dívidas, que destrava o consumo potencial das famílias antes retidos pelo endividamento, e ao ímpeto fornecido por uma redução gradual dos juros”, ressalta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Dados do varejo por região

A queda no fluxo de visitação em dezembro de 2023 em lojas físicas (2%), contra mesmo mês de 2022, foi homogênea entre as regiões, com Norte (-12%) sendo destaque negativo e Sul (8%) a única região a apresentar alta no período. Sudeste apresenta queda próxima à estabilidade (-1%).

Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta para o Brasil (1%) foi diferente entre as regiões. O destaque positivo foi o Nordeste (7%), seguido pelo Sul (3%). Já o destaque negativo fica com o Sudeste (-3%), seguido pelo Norte (2%).

Quanto ao faturamento nominal, o maior crescimento também foi na região Nordeste (15%), seguido pelo Centro-Oeste e Sul, ambos com 10%.

Dessa forma, todas as regiões apresentam alta na variação contra mesmo mês do ano anterior para o ticket médio nominal. Os destaques ficam para Sudeste (10%), seguido por Norte e Nordeste, ambos com 8%.

Fluxo entre setores

O fluxo de visitação contou com alta em dois dos quatro setores na comparação com dezembro de 2022. O destaque positivo continua com Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que apresenta 21% de alta. A maior queda em relação a 2022 foi em Móveis e eletrodomésticos, com retração de 6%, que passa a apresentar contração acumulada no ano de 3%.

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também é destaque em volume de cupons, com crescimento de 11% e em faturamento, com alta de 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Todos os demais setores contaram com retração em vendas e faturamento, sendo Móveis e eletrodomésticos o mais afetado em ambos, com -11% e -24%, respectivamente.

“Com os resultados de dezembro, seguimos observando o uso de estratégias que evidenciam a sinergia entre as tecnologias e o varejo, pois o índice mostra que, mesmo com a baixa do fluxo nos estabelecimentos físicos, a taxa de conversão se mantém em alta, assim como o volume financeiro. Ou seja, processos omnichannel estão cada vez mais consolidados. Além disso, vemos também um crescimento geral considerável no que diz respeito ao ticket médio nominal”, comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners.

Em relação ao índice de Cesta Básica no E-Commerce (ICB-COM), houve alta de 4% em relação a dezembro/22. Na variação mensal, houve crescimento de 0,20%. Para o indicador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da cesta básica, que cobre preços em lojas físicas, houve alta de 2% na variação mensal de dezembro/23, em São Paulo. No acumulado desde dezembro/22, o índice computa queda de 4%.

Imagem: Envato