Economia
Festa Junina impulsiona varejo, que deve movimentar R$6 bi no mês
Período representa uma excelente oportunidade para quem deseja atrair consumidores, ampliar as vendas e movimentar os estoques
A Festa Junina é uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro, com previsão de movimentar cerca de R$6 bilhões neste mês de junho, principalmente durante os dias de Santo Antônio, São João e São Pedro, de acordo com o Ministério do Turismo. Essa ocasião é conhecida por suas brincadeiras e pratos típicos, representando uma excelente oportunidade para atrair a atenção dos consumidores, impulsionar as vendas em diversos setores e movimentar os estoques.
Um estudo realizado pela Neogrid em parceria com a Horus revelou que alguns dos itens mais consumidos nessa época do ano apresentaram alta oscilação no índice de ruptura entre maio e julho de 2022. A falta de produtos é um fator crucial para a satisfação do consumidor e pode impactar diretamente a lucratividade dos negócios, tornando a sazonalidade um aspecto que requer atenção especial para evitar estoques parados, prejuízos financeiros e clientes desapontados.
Luiza Zacharias, diretora de Novos Negócios da HORUS, destaca que as festas juninas oferecem oportunidades para o varejo, impulsionando as vendas de produtos e ingredientes típicos. Para aproveitar esse momento, é essencial antecipar-se e compreender o comportamento do consumidor no ano anterior, a fim de planejar ações e garantir a presença dos produtos preferidos nas prateleiras.
O levantamento revelou que houve um aumento de 4% no consumo de milho em conserva no último ano. O mesmo aconteceu com a maçã, apresentando um índice médio de ruptura de 32% entre maio e julho de 2022. A paçoca também teve grande procura, com uma média de 24% de indisponibilidade de estoque no mesmo período.
Por outro lado, a pipoca de micro-ondas foi o item que menos faltou nas prateleiras em junho de 2022, estando ausente em apenas 16% delas. Além disso, o doce de amendoim e o vinho nacional foram os produtos menos adquiridos, com o primeiro representando apenas 0,27% das vendas e o último apresentando o maior ticket médio registrado no trimestre mencionado.
Robson Munhoz, diretor de Customer Success da Neogrid, ressalta que é comum haver uma maior taxa de ruptura nos produtos típicos durante datas sazonais. Para 2023, espera-se um comportamento semelhante nas categorias mencionadas. Portanto, é responsabilidade do varejo e da indústria se prepararem para evitar ao máximo a falta de produtos e, consequentemente, a perda de vendas. A tecnologia desempenha um papel importante nesse processo, oferecendo diversas soluções capazes de analisar dados de consumo e gerar insights estratégicos para aumentar as vendas com mais rentabilidade, inclusive durante as festas juninas.
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