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Festas de fim de ano são marcadas pelo aumento de fraudes e crimes financeiros
A busca por presentes e a época de convenção comemorativa transformam as festas de fim de ano em datas extremamente comerciais. Conforme o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, o segundo semestre do ano pode ter um aumento de 7% nas vendas. Contudo, é preciso estar atento aos golpes de criminosos que buscam se aproveitar da elevação do consumo.
Segundo um levantamento realizado pela OLX, durante o primeiro semestre de 2024, 50,4% das fraudes aplicadas estavam relacionadas a falso pagamento, representando um aumento de 64% em relação ao ano anterior. Diante dessa tendência, é essencial redobrar a atenção e escolher meios de pagamento mais seguros.
“O Pix se tornou uma das formas de pagamento mais seguras e eficientes do mercado, e isso não aconteceu por acaso. Com as mudanças recentes, como a implementação de novas camadas de segurança, a possibilidade de bloquear chaves suspeitas e a validação de transações em tempo real, o sistema está cada vez mais robusto. A cada atualização, trabalha-se para aprimorar a criptografia e fortalecer os mecanismos de prevenção a fraudes, com o objetivo de tornar o meio de pagamento uma solução confiável tanto para consumidores quanto para empresas. A construção contínua de segurança é fundamental para garantir que o meio de pagamento continue seguro e acessível a todos”, comenta João Fraga, CEO da techfin Paag.
Para 32,1% dos brasileiros, o PIX é o método de pagamento mais vantajoso em relação à segurança, conforme demonstrado pela pesquisa “O brasileiro e sua relação com dinheiro”, de 2024, realizada pelo Banco Central do Brasil. A modalidade está acima dos cartões de débito, crédito e dinheiro.
Embora segura, a ferramenta não está livre dos golpistas, que usam da praticidade do PIX para cometer os crimes. De acordo com pesquisa da empresa de proteção financeira digital Silverguard, quase 90% dos golpes com Pix começam em aplicativos de mensagem ou em redes sociais. O golpe mais frequente é a de oferta de um produto ou serviço de loja ou perfil falso, somando 45% dos casos.
Diante disso, o Banco Central fornece o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado especialmente para facilitar as devoluções de PIX em caso de fraudes. Ao registrar uma transferência feita em até 80 dias, o caso será analisado e, caso seja constatada irregularidade, o titular da conta recebe o dinheiro em até 96 horas.
Apesar de predominar em esquemas envolvendo o momento em que o pagamento é efetuado, as estratégias usadas pelos criminosos vão desde mensagens de texto e e-mails com links que direcionam para sites que roubam dados pessoais até propagandas geradas por IAs e sites falsos se passando por lojas conhecidas.
O especialista destaca que a melhor forma de evitar prejuízos é se informar para poder se prevenir. Seguem algumas dicas para que o consumidor aproveite as festas sem cair em armadilhas, sofrendo prejuízos financeiros:
Confira os dados de quem irá receber o pagamento: em casos de uso de Pix ou boleto, o ideal é verificar se as informações do beneficiário conferem com a loja ou com o vendedor.
Verifique a autenticidade dos sites: antes de efetuar uma compra, confira o domínio em busca de erros de digitação ou alterações em designs de sites já consolidados e busque pela presença do protocolo HTTPS.
Desconfie de ofertas: preços muito abaixo da média ou promoções que oferecem muitas vantagens são sinais de alerta para possíveis esquemas fraudulentos.
Evite clicar em links suspeitos: links recebidos por SMS ou e-mails desconhecidos podem levar a sites enganosos, ou instalar programas para roubar dados do dispositivo.
“Em um cenário de compras cada vez mais digital, é fundamental estar atento e agir com calma. Realizar compras de forma impulsiva pode abrir espaço para riscos desnecessários. É essencial escolher lojas de confiança, que ofereçam garantias de segurança e transparência. A prevenção é o melhor caminho para evitar surpresas e garantir uma experiência de compra segura e satisfatória para o consumidor”, conclui João Fraga.
Imagem: Divulgação