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Economia

Foodservice apresenta queda de 5,3% no tráfego no terceiro trimestre

Setor chegou a 3,1 bilhões de visitas no período contra R$ 3,3 bilhões em 2022; desaceleração reflete cenário econômico complexo, no entanto, não é uniforme

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restaurantes, tecnologia

A perda de ritmo do foodservice no Brasil se acentuou no terceiro trimestre de 2023, refletindo o cenário econômico mais complexo do país. De acordo com a pesquisa Tomorrow’s Consumer 2023 (CREST), realizado pela Mosaiclab, o terceiro trimestre de 2023 mostra queda de 5,3% no tráfego em relação ao mesmo período de 2022, registrando 3,1 bilhões de visitas e gasto de R$ 54,3 bilhões, o que também representa uma redução de 2,5% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. O estudo abrange 6 mil consumidores entrevistados por mês. 

No entanto, o tráfego sustenta um dos seus maiores níveis nos últimos três anos. O gasto também apresenta uma perspectiva que se destaca: apesar da queda no período, permanece em patamares históricos elevados – considerando o desempenho desde o terceiro trimestre de 2019 (ainda na pré-pandemia), quando chegou a R$ 54 milhões, houve crescimento de 1%. O ticket médio, por sua vez, mesmo com a progressão de 3%, chegando a R$ 17,30, registrou o menor aumento desde o segundo trimestre de 2021.

Ainda segundo a CREST, gastos e cortes de custos foram os principais motivos para 66% dos entrevistados que diminuíram idas a bares, restaurantes e lanchonetes. Em segundo lugar, está a reeducação alimentar (26%) e, em terceiro, motivos de saúde (18%). Há maior queda na frequência em dias úteis, com 46% dos consumidores pesquisados reportando que reduziram suas visitas nesses dias, enquanto aos finais de semana 40% reduziram sua frequência.

Setores do foodservice

Não empratados mantêm o crescimento, atingindo 343 milhões de transações contra 325 milhões no terceiro trimestre de 2022, mas independentes perdem ritmo, incluindo empratados, lanchonetes, padarias e quilo/buffet.

Já o consumo on premise estacionou em relação a 2022. Por outro lado, a pesquisa constatou queda no delivery – de 506 milhões de transações no terceiro trimestre de 2022 para 432 milhões no mesmo período em 2023 – o que favorece criação de estratégias para impulsionar esse importante canal. 

Refeições que abrangem o almoço e o período noturno também apresentaram reduções significativas. A primeira, de 730 milhões de transações no terceiro trimestre do ano passado para 680 milhões no mesmo período este ano; e a segunda, de 1.029 milhões de transações para 916 milhões.

“A redução de tráfego tanto no almoço como nas refeições noturnas correspondeu a 93% da queda do setor no terceiro trimestre de 2023, o que representa 163 milhões de transações a menos”, pontua Ingrid Devisate, vice-presidente do IFB.

NRA Chicago

Imagem: Envato