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Furto em lojas aumenta este ano, mostra relatório

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Uma análise do furto em lojas em três grandes cidades dos EUA — Chicago, Los Angeles e Nova York — revelou tendências variadas, influenciadas por diferenças locais e pela qualidade dos dados disponíveis, de acordo com dois estudos divulgados pelo Council on Criminal Justice nesta quarta-feira (20).

O problema dos varejistas com furtos se torna especialmente grave nesta época do ano. Com mais consumidores frequentando lojas físicas no período de festas, o furto aumenta significativamente em novembro e dezembro, segundo o relatório. No primeiro semestre deste ano, o furto em lojas em 23 áreas metropolitanas dos EUA subiu, em média, 24% em relação a 2023, indicando que o total anual também será maior.

A análise do conselho nas três maiores cidades dos EUA revelou peculiaridades, mas confirmou que as taxas de furto em lojas estão mais altas do que antes da pandemia.

  • Chicago: As taxas de furto aumentaram em relação ao ano anterior, com Chicago apresentando taxas “notavelmente elevadas”. Entre janeiro e outubro de 2024, os incidentes relatados em Chicago subiram 46% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar de uma queda de 11,6% nos furtos de 2018 a 2023, a cidade enfrenta uma alta recente;
  • Nova York: De 2021 a 2022, os furtos relatados cresceram quase 50%, mas caíram em 2023. No entanto, o total de 2023 foi 55% maior do que o de 2019. Em 2024, a taxa subiu apenas 3% de janeiro a setembro;
  • Los Angeles: Embora a taxa tenha diminuído levemente em 2024, mudanças no sistema de gestão de registros da polícia em março podem ter subestimado os números. Em comparação com 2019, o índice no final de 2023 era 87% mais alto.

Desafios nos dados

Os pesquisadores encontraram problemas nos dados que dificultam comparações e conclusões. Dois conjuntos de dados nacionais do FBI sobre furtos apresentam divergências. Enquanto o Summary Reporting System indica que a taxa de furto em 2023 foi igual à de 2019, o National Incident-Based Reporting System (NIBRS) mostra um aumento de 93%.

O aumento relatado pelo NIBRS provavelmente se deve ao fato de mais agências estarem usando o sistema mais recente, explicou Ernesto Lopez, especialista sênior do CCJ. No entanto, o sistema mais antigo ainda oferece uma visão mais precisa das tendências atuais.

Medir crimes e seu impacto é notoriamente difícil. No ano passado, a National Retail Federation retirou uma estatística sobre o custo de crimes organizados no varejo após problemas serem identificados, e decidiu não publicar mais seu relatório anual sobre perdas e furtos.

O CCJ não mede diretamente crimes organizados no varejo, pois a polícia geralmente não especifica essa característica nos relatórios. Casos de “ofensas relacionadas a bens roubados” no NIBRS incluem incidentes com mais de uma pessoa envolvida, mas podem não se enquadrar em crimes organizados de larga escala. Muitos desses furtos envolvem pequenos valores para necessidades básicas ou consumo pessoal, como alimentos ou drogas.

O relatório destaca a natureza altamente localizada do furto em lojas. Em Chicago, duas áreas concentram a maior parte dos furtos, enquanto outras regiões com muitos estabelecimentos comerciais têm índices baixos. Em Los Angeles, áreas de alta incidência de furtos estão espalhadas, mas coincidem com concentrações de lojas.

Essas descobertas sugerem que a polícia e os varejistas se beneficiariam de abordagens altamente localizadas para combater o crime.

“Modelos como policiamento estratégico ou baseado em inteligência têm se mostrado muito eficazes,” afirmou Lopez.

Ele também enfatizou a importância de os varejistas relatarem incidentes, mesmo de baixo nível, à polícia. Isso ajuda as autoridades a identificar padrões que podem prevenir crimes futuros.

“Mesmo que um ladrão não seja preso, a polícia pode alocar recursos de forma mais precisa, baseando-se em dados reais,” disse Lopez. “No curto prazo, isso pode levar a um aumento aparente nos furtos, mas nos aproxima da verdade.”

Imagem: Envato
Informações: Daphne Howland para Retail Dive
Tradução livre: Central do Varejo

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