Economia
Fusões e aquisições caem 26% em Minas Gerais em 2024
De acordo com pesquisa da KPMG, Minas Gerais registrou 98 fusões e aquisições em 2024, uma queda de 26% na comparação com 2023, quando foram registradas 133 transações. Segundo o estudo, no período atual, o número de operações em Minas é inferior ao de São Paulo (839) e Rio de Janeiro (148), mas superior aos números das demais Unidades Federativas do Brasil.
Sobre os tipos de transações registrados em Minas Gerais, das 98 operações mais recentes, 61 foram domésticas (empresas brasileiras adquirindo brasileiras que no Brasil), 24 estrangeiros adquirindo brasileiras no Brasil, 4 brasileiras adquirindo estrangeiras no exterior, 5 brasileiras adquirindo estrangeiros no Brasil e 4 estrangeiros adquirindo outros estrangeiros no Brasil.
“Os dados evidenciam uma queda de transações em Minas Gerais, se contrapondo ao que ocorreu em âmbito nacional. Os principais setores que impulsionaram essa diminuição foram os de instituições financeiras, tecnologia da informação e empresas de internet. Contudo, os setores de produtos químicos e farmacêuticos e de higiene apresentaram um pequeno aumento, com o setor de produtos químicos e farmacêuticos registrando três transações a mais em 2024 do que em 2023”, afirma Ray Souza, sócio de Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
Brasil
O Brasil registrou 1.582 fusões e aquisições de empresas em 2024, uma leve alta de 5% na comparação com 2023, quando foram realizadas 1.505 operações desse tipo. As operações domésticas entre organizações brasileiras (981) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritário estrangeiro (394) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.
“Os dados nacionais evidenciam uma retomada importante no mercado de fusões e aquisições. Após dois anos consecutivos de queda nessas transações, os números revelam que as empresas estão mais ativas nessas operações. O número de 2024 superou 2023, e, apesar de ser inferior ao de 2022 e 2021, já é superior aos totais registrados em 2020 e demais anos anteriores de nossa série histórica. Apesar da retomada, ainda não é possível prever se ela se sustentará ao longo de 2025 dadas as questões econômicas atuais”, afirma Gustavo Vilela, sócio-líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.