Economia
H&M pode se tornar uma força crescente no Brasil, segundo o BTG
Analistas do banco entendem que, apesar dos desafios, a varejista sueca deve conquistar o público brasileiro com a operação online e física

Segundo o BTG Pactual, a experiência de varejistas globais no mercado brasileiro tem mostrado um ambiente desafiador para alcançar sucesso. No entanto, os analistas do banco não descartam a possibilidade de a empresa sueca de moda H&M conquistar espaço no país, pois anunciaram planos de lançar lojas físicas e comércio online no Brasil até 2025, como parte de sua expansão na América Latina.
O relatório do BTG destaca que estabelecer operações em um país novo e complexo como o Brasil é um desafio para varejistas estrangeiros, e mesmo gigantes do setor, como Amazon e Walmart, enfrentaram dificuldades para ganhar tração devido a questões regulatórias, sistema tributário complicado e gargalos logísticos. No entanto, menciona que empresas de comércio eletrônico como Shein e Shopee estão fazendo esforços recentes no país.
Os analistas descrevem a H&M como uma empresa de “fast fashion” com uma estratégia de cadeia de suprimentos baseada em velocidade, agilidade e prazos de entrega curtos, que tem sido um fator crucial para seu sucesso global. No entanto, alertam que o mercado de “fast fashion” está se tornando cada vez mais saturado, com o surgimento de marcas de baixo custo e a competição das empresas nativas digitais, como a Shein.
Para garantir uma presença geográfica mais eficiente, a H&M vem fechando algumas lojas. Nos últimos anos, suas vendas estagnaram ou até mesmo diminuíram, enquanto as margens têm sido constantemente reduzidas. O relatório também menciona a Inditex, proprietária da Zara, como uma das principais rivais globais da H&M, destacando o sucesso lucrativo da Zara no Brasil no ano anterior, com um lucro antes de juros de 122 milhões de euros e 51 lojas no país.
Portanto, apesar dos desafios enfrentados por varejistas globais no Brasil, o BTG Pactual acredita que a estratégia de “fast fashion” da H&M pode ser um trunfo para a empresa sueca, mas ela terá que enfrentar a forte concorrência de marcas com preços mais baixos e também adaptar-se à dinâmica do mercado de comércio eletrônico no país.
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