Economia
Inflação oficial de outubro é de 0,09%, com recuo na energia elétrica

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, a inflação oficial de outubro ficou em 0,09%, a menor para o mês desde 1998. O resultado também significa uma desaceleração frente a setembro, quando o índice havia ficado em 0,48%.
No ano, o IPCA acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, de 4,68% — é a primeira vez em oito meses que este acumulado fica abaixo de 5%; porém, ainda está acima da meta do governo (de 3%, com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo).
O principal responsável pelo resultado mais baixo em outubro foi o item energia elétrica residencial, que recuou 2,39%, com impacto de -0,01 p.p. no índice. Esse alívio veio por conta da migração da bandeira tarifária vermelha nível 2 para nível 1, quando a cobrança adicional sai de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kilowatts (Kwh). Outros resultados importantes que puxaram a inflação para baixo vieram do aparelho telefônico (-2,54%) e do seguro voluntário de veículos (-2,13%).
Em outubro, o grupo Alimentação e bebidas interrompeu um ciclo de baixas e manteve estabilidade (0,01%). Apesar de estar no patamar positivo, o grupo não exerceu pressão no resultado da inflação, e é o menor para o mês de outubro desde 2017. Os principais itens com recuo foram o arroz (-2,49%) e o leite longa vida (-1,88%). Do lado das altas, a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%) se destacam.
Os grupos Habitação e Alimentação e bebidas foram os principais responsáveis pela desaceleração no mês de outubro. “A título de ilustração, o resultado do índice de outubro sem considerar o grupo dos alimentos e a energia elétrica ficaria em 0,25%, explica Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
