IPCA tem aceleração no mês de setembro

Em setembro de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,26%, superando a taxa de agosto, que havia sido de 0,23%. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, no acumulado do ano, o IPCA já alcança uma alta de 3,50%. Nos últimos 12 meses, a inflação atingiu 5,19%, um aumento em relação aos 4,61% observados no mesmo período do ano anterior, setembro de 2022, quando houve uma variação negativa de 0,29%.

Os dados detalhados do IPCA revelam que, em setembro, a inflação foi impulsionada por altas em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O segmento de Transportes se destacou, contribuindo com um aumento de 1,40%, e o setor Habitação também apresentou alta de 0,47%.

Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas continua a registrar quedas pelo quarto mês consecutivo, com uma deflação de -0,71%. Os demais setores variaram entre -0,58% em Artigos de Residência e 0,45% em Despesas Pessoais.

A redução nos preços dos alimentos se deve principalmente à queda nos preços da alimentação no domicílio, que recuou 1,02%. Itens como batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%), e carnes (-2,10%) apresentaram as maiores quedas de preço. Por outro lado, arroz (3,20%) e tomate (2,89%) tiveram aumento de preço. A alimentação fora do domicílio também desacelerou em setembro.

No setor de Transportes, o aumento foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina (2,80%), que contribuiu com 0,14 ponto percentual no índice do mês. O etanol foi a exceção, registrando uma queda de 0,62%. Passagens aéreas subiram 13,47% em setembro, após uma retração de 11,69% em agosto.

Em relação ao segmento de Habitação, o aumento de 0,47% se deve, em grande parte, ao aumento nos preços da energia elétrica residencial, com reajustes aplicados em diferentes áreas de abrangência. Em Saúde e Cuidados Pessoais, o aumento de 0,04% foi impulsionado pelo item plano de saúde, devido a reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos contratados antes da Lei nº 9.656/98.

Os índices regionais mostraram que a única queda e a menor variação ocorreram em Goiânia (-0,11%), devido à energia elétrica residencial, enquanto a maior variação foi registrada em São Luís (0,50%), impulsionada pela alta nos preços da energia elétrica residencial e do arroz.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de alguns municípios, como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Imagem: Envato