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Liderança no franchising com foco em propósito e conexão humana

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Em um bate-papo inspirador entre Cristina Franco, presidente do Conselho da ABF, e Alexandra Molon, da Maple Bear, o público ouviu lições sobre gestão de pessoas, propósito e transformação cultural no painel Liderança, Protagonismo e Evolução Contínua durante o segundo dia do Franchising Summit Brasil.

O painel começou com uma metáfora que marcou o dia de São João: “É hora de acender a fogueira da relação franqueador e franqueado”, destacou Cristina Franco, reforçando a ideia de proximidade, envolvimento e protagonismo mútuo.

A liderança nas franquias, segundo as palestrantes, precisa ir além da estrutura hierárquica tradicional. “Viemos de uma geração em que a liderança era top-down. Hoje, isso não funciona mais. Se fizermos isso, ninguém trabalha”, provocou Alexandra.

Tanto na educação quanto no franchising, a liderança moderna exige escuta ativa, inspiração constante e a construção de um ambiente de lifelong learning (aprendizado contínuo). O painel reforçou que líderes precisam estimular a autonomia e a mentalidade de crescimento.

“Nas nossas reuniões, temos o compromisso de serem momentos formativos. Preciso sair de cada reunião inspirando alguém”, contou Alexandra, que comanda duas unidades da Maple Bear e está na rede há 18 anos.

Diversidade geracional: um desafio e uma oportunidade

A presença de diferentes gerações dentro das equipes de franquias e escolas foi um dos pontos mais discutidos. “Temos gerações completamente diferentes nas salas de aula e nos times das franquias. Cada uma busca algo distinto: a geração X busca plano de carreira, a geração Y é mais imediatista e a geração Z… piorou tudo”, brincou Alexandra, arrancando risos da plateia.

Ela ainda destacou que a nova geração Alpha já traz desafios ainda maiores para os líderes. “Estamos vendo nas escolas um crescimento expressivo de alunos com altas habilidades e superdotação. Não teremos só profissionais com novas habilidades… teremos também consumidores mais exigentes e mais preparados.”

Gestão democrática e cultura de dono

As palestrantes reforçaram a importância da gestão democrática e da cultura de dono. Mesmo quando as decisões finais não podem contemplar todas as sugestões, o papel do líder é escutar e dar devolutivas: “As pessoas querem ser ouvidas. Não é sobre atender tudo, mas sobre criar um ambiente em que elas se sintam parte do processo”, explicou Cristina Franco.

Esse senso de pertencimento deve ser cultivado tanto entre franqueados quanto nas equipes internas. A cultura precisa ser disseminada como uma semente, criando times que atuem com o mesmo propósito e visão de longo prazo.

Alexandra trouxe também a importância da educação como ferramenta estratégica de liderança, não apenas dentro das escolas, mas em qualquer setor. “Vivemos uma crise de ansiedade generalizada. Precisamos entender que o desenvolvimento de pessoas é um processo de longo prazo.”

Ela finalizou com um conselho: “O olho no olho faz toda a diferença. Liderança é sobre gente. Sobre conexão real. E isso vale para todas as áreas, não só na educação.”

A conversa se encerrou com a lembrança de que o maior pilar da liderança hoje é a autonomia para aprender a fazer, um convite à evolução contínua para líderes, franqueados, colaboradores e para o próprio setor de franquias.

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Imagens e informações: (*) Patricia Cotti – Ganhadora do Digital Transformation Awards, Sócia Diretora da Goakira, Diretora de Pesquisa do IBEVAR, Colunista Central do Varejo, Professora dos MBAs da FIA, ESPM, ESECOM, USP.

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