Economia
Mercado de segunda mão atrai gigantes do varejo de moda
Empresas como a H&M e a Nike lançaram recentemente programas de reciclagem de roupas e têm investido em iniciativas de economia circular
O mercado de segunda mão está crescendo e atraindo grandes players do setor de moda. Empresas como a H&M e a Nike lançaram recentemente programas de reciclagem de roupas e têm investido em iniciativas de economia circular, para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Além disso, plataformas de revenda de roupas, como o Enjoei, atraem novos investimentos e se tornam cada vez mais populares entre os consumidores.
O mercado de roupas usadas vem sendo impulsionado pela crescente preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade. As empresas estão percebendo que a moda circular pode ser uma fonte de receita e uma forma de construir uma imagem positiva entre os consumidores. A H&M, por exemplo, lançou um programa de reciclagem de roupas em 2013 e, desde então, coletou mais de 60.000 toneladas de roupas usadas.
Outras empresas estão adotando abordagens diferentes para a moda circular. A Nike lançou uma iniciativa chamada “Reuse-A-Shoe” em 1990, que transforma tênis usados em pistas de corrida e quadras esportivas. A empresa também está investindo em materiais sustentáveis, como o Flyleather, uma espécie de couro sintético feito com sobras de couro e tecido.
Além das iniciativas das empresas, as plataformas de revenda de roupas também estão ganhando força. O Enjoei, uma plataforma brasileira de compra e venda de produtos usados, levantou R$1,1 bilhão em sua oferta pública inicial de ações na Bolsa de Valores de São Paulo. A empresa tem mais de 11 milhões de usuários registrados e é vista como uma alternativa à moda rápida e descartável.
No entanto, o mercado de segunda mão ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação e a concorrência de mercados informais. Além disso, as empresas precisam encontrar formas de garantir a qualidade e autenticidade das peças vendidas nas plataformas de revenda. Mas o crescimento do setor sugere que a moda circular é uma tendência que veio para ficar e que as empresas que investirem nisso podem se destacar no mercado e contribuir para um futuro mais sustentável.
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Imagem: Freepik