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Moda infanto-juvenil: tendências e oportunidades no varejo

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A moda infanto-juvenil tem ganhado cada vez mais destaque no mercado varejista, com um público exigente que está em constante busca por roupas confortáveis, estilosas e com preços acessíveis. 

No Brasil, o setor de moda para crianças e adolescentes representa um segmento robusto mas com exigências para os varejistas. Neste contexto, é essencial compreender as características e as tendências desse mercado, além de explorar as melhores práticas para atrair e fidelizar esse público tão específico.

Crescimento do mercado de moda infanto-juvenil

Nos últimos anos, a moda infanto-juvenil tem experimentado um crescimento considerável. O mercado está em constante evolução, impulsionado por uma geração de pais e filhos que valorizam a personalização, o conforto e, claro, o estilo. De acordo com dados do SEBRAE, o mercado de produtos infantis movimenta cerca de R$ 50 bilhões por ano no Brasil. Além disso, o segmento de moda infantil cresce em média 6% ao ano, segundo dados de 2021 da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

O Brasil é o 5º maior produtor têxtil do mundo, e a moda infantil representa 16% desse mercado, ainda segundo a Abit. A maior parte das compras de roupas infantis e juvenis é feita pelas mães, que geralmente buscam itens de boa qualidade e durabilidade, mas sem abrir mão da estética e do estilo. Para os adolescentes, o desejo por peças que reflitam sua personalidade e que sigam as tendências atuais também é crescente.

O público-alvo: crianças e adolescentes com estilo

A moda infanto-juvenil abrange diferentes faixas etárias, desde os primeiros anos de vida até a adolescência. Cada uma dessas faixas possui preferências distintas, exigindo um cuidado especial dos varejistas para entender as necessidades de seus consumidores.

Moda Infantil (0 a 12 anos): No segmento infantil, as roupas precisam ser confortáveis, práticas e resistentes, já que as crianças costumam ser mais ativas e exigem peças que acompanhem seu ritmo. Cores vibrantes, estampas lúdicas e personagens são comuns nesse público. No entanto, os pais estão cada vez mais buscando peças que possam ser usadas em diferentes ocasiões, sem perder a identidade e a diversão que as crianças adoram.

O setor de moda infantil tem sempre alta demanda, o que é um ponto positivo para o varejo, uma vez que as crianças crescem muito rápido, e, em pouco tempo, precisam de peças novas. 

Moda Juvenil (12 a 18 anos): Para o público juvenil, a busca é por peças mais estilosas e que sigam as tendências da moda, mas com o toque de personalidade. O comportamento de compra dessa faixa etária é influenciado por suas referências, como influenciadores digitais, celebridades e tendências globais. Nesse caso, a moda se torna uma forma de expressão, com peças que refletem a identidade de cada adolescente.

Tendências de moda infanto-juvenil no varejo

O mercado de moda infanto-juvenil é altamente dinâmico, e as tendências de moda mudam rapidamente. Os varejistas precisam estar atentos a essas mudanças para atender à demanda de seus clientes. A seguir, algumas das principais tendências que estão moldando o setor:

Sustentabilidade e moda consciente

Cada vez mais, pais e filhos estão se preocupando com a origem e a sustentabilidade dos produtos que consomem. Isso inclui a escolha por marcas que utilizam materiais orgânicos, recicláveis ou que adotam práticas de produção éticas. Para o varejo, oferecer produtos com um apelo sustentável é uma excelente maneira de atrair consumidores conscientes.

Personalização de roupas

A personalização tem ganhado força, e as crianças e adolescentes estão cada vez mais interessados em roupas que possam ser customizadas de acordo com seus gostos. Isso inclui opções de estampas, bordados e até peças que podem ser decoradas com patches ou adesivos. Para o varejo, oferecer opções de personalização pode ser uma maneira de se destacar no mercado e conquistar a fidelidade dos consumidores.

Tecnologia e roupas funcionais

O avanço da tecnologia também tem influenciado a moda infanto-juvenil, com o surgimento de roupas que incorporam funcionalidades tecnológicas. Isso inclui roupas com tecidos que protegem contra raios solares, calçados com LED, ou até mesmo roupas com elementos interativos. Essas inovações atraem a atenção de pais que buscam roupas práticas e que proporcionem benefícios extras.

Estilos diversificados

Embora a moda infantil sempre tenha sido mais lúdica, as tendências atuais indicam uma mistura de estilos. A moda urbana, casual, esportiva e até mesmo a influência do streetwear são muito populares entre os adolescentes. As marcas precisam estar atentas às influências culturais e sociais que impactam o estilo dos jovens, garantindo que suas coleções atendam a diferentes preferências.

Estratégias de vendas no varejo de moda infanto-juvenil

Para se destacar no mercado de moda infanto-juvenil, os varejistas precisam adotar estratégias eficazes que atraiam e fidelizem os consumidores. Algumas dicas incluem:

Marketing digital e influenciadores: O público infanto-juvenil está cada vez mais conectado às redes sociais, onde buscam inspiração para seus looks. Portanto, as marcas devem investir em marketing digital, com presença ativa nas plataformas mais utilizadas por esse público, como Instagram, TikTok e YouTube. Parcerias com influenciadores e celebridades podem ser uma ótima maneira de promover produtos e criar uma conexão com a audiência.

Oferecer variedade e tamanho: Roupas infantis e juvenis devem ser oferecidas em diferentes tamanhos, atendendo a uma ampla faixa etária e físico. Além disso, ter uma gama variada de opções de cores, estilos e cortes pode garantir que todos os gostos sejam contemplados. Isso inclui oferecer desde peças mais básicas até opções mais sofisticadas, sempre levando em consideração a praticidade e o conforto.

Programas de fidelidade e descontos: Para atrair e manter clientes fiéis, o varejo pode investir em programas de fidelidade, descontos e promoções especiais para famílias. Isso ajuda a criar uma relação de confiança com os consumidores e a incentivar compras repetidas.

Ambiente de compra agradável: Seja em lojas físicas ou no ambiente online, oferecer uma experiência de compra agradável e fácil é essencial. No varejo físico, investir em uma decoração lúdica, com espaços interativos e atendimento personalizado, pode atrair a atenção das crianças e dos pais. No e-commerce, ter um site intuitivo, com facilidades de navegação e opções de pagamento facilitadas, também é fundamental.

Imagem: Freepik

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