Natal 2025: projeções de consumo, meios de pagamento e estratégias do varejo

O Natal 2025 se consolida como uma das principais datas do calendário do comércio brasileiro, com projeções que indicam forte movimentação de consumidores e impacto relevante na economia. Dados da pesquisa Intenção de Compras para o Natal 2025, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil, apontam que 124,3 milhões de brasileiros devem realizar compras no período, com expectativa de movimentação de R$ 84,9 bilhões.

O volume estimado reforça a importância do planejamento por parte dos varejistas, que tradicionalmente ajustam estoques, condições comerciais, meios de pagamento e estratégias de comunicação nas semanas que antecedem o fim do ano. A divulgação dos dados ocorre na segunda quinzena de dezembro, momento em que consumidores e empresas refinam decisões de gasto para o Natal 2025.

Projeções de vendas e comparações de mercado no Natal 2025

Além da pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo CNC estima que as vendas relacionadas ao Natal 2025 somem R$ 72,71 bilhões no varejo. O valor representa crescimento de 2,1% em relação a 2024, segundo informações divulgadas pela Agência Brasil.

As diferenças entre as estimativas refletem metodologias distintas e recortes específicos do comércio, mas ambas indicam manutenção do Natal como um período estratégico para o setor. O desempenho é acompanhado de perto por empresas de diferentes segmentos, especialmente aqueles mais ligados a presentes, alimentos, vestuário, eletroeletrônicos e itens de uso pessoal.

Pagamentos no Natal 2025 mostram força do Pix e do crédito parcelado

Os meios de pagamento ganham papel central nas compras do Natal 2025. De acordo com a pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, o Pix aparece como a principal forma de pagamento, citado por 54% dos consumidores. Na sequência, surgem o cartão de crédito parcelado, com 39%, o cartão de débito, com 28%, e o dinheiro, com 23%.

O protagonismo do Pix acompanha a expansão do uso do sistema no país. No último dia 5 de dezembro, o meio de pagamento registrou 313,3 milhões de transações em 24 horas, movimentando R$ 179,9 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. O comportamento influencia o varejo a reforçar soluções digitais, integração de caixas e comunicação clara sobre aceitação do Pix.

No crédito parcelado, a média de 4,8 parcelas indica que parte dos consumidores estenderá o pagamento das compras natalinas até abril ou maio de 2026. Esse cenário exige atenção do varejo às políticas de crédito, gestão de fluxo de caixa e parcerias com adquirentes e instituições financeiras.

Cenário econômico e impacto no consumo do Natal 2025

O ambiente macroeconômico ajuda a contextualizar as decisões de consumo no Natal 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de novembro de 2025 ficou em 0,18%, com inflação acumulada de 4,46% em 12 meses. O índice é acompanhado por consumidores na definição de prioridades de gasto e pelos varejistas na formação de preços.

Na política monetária, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15,00% ao ano na reunião de dezembro de 2025, conforme comunicado do Banco Central. O patamar elevado dos juros influencia o custo do crédito e reforça a importância de estratégias que facilitem o pagamento sem comprometer margens.

Estratégias do varejo para atrair consumidores

Diante do cenário projetado para o Natal 2025, varejistas adotam estratégias que combinam preço, conveniência e experiência de compra. A ampliação das opções de pagamento, com destaque para Pix e parcelamento no crédito, tende a ser um dos principais fatores de atração do público. A comunicação clara dessas condições nos canais físicos e digitais é parte do planejamento.

A organização de estoques e a antecipação de campanhas também ganham relevância, considerando o volume esperado de consumidores. Muitos lojistas concentram esforços em ações promocionais progressivas ao longo de dezembro, alinhando ofertas a datas de maior fluxo e ao comportamento de compra de última hora.

Outro ponto observado é a integração entre loja física e canais digitais. Estratégias que combinam compra online e retirada em loja, ou prazos de entrega ajustados à proximidade do dia 25, fazem parte do planejamento para reduzir perdas e melhorar a experiência do consumidor no Natal 2025.

E-commerce e compras de fim de ano em 2025

O comércio eletrônico mantém papel relevante na temporada de fim de ano. Projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico ABComm indicam faturamento de R$ 234,9 bilhões para o e-commerce brasileiro em 2025, segundo dados divulgados pelo E-Commerce Brasil com base em informações da entidade.

O desempenho do canal digital influencia as estratégias do varejo no Natal 2025, especialmente no que diz respeito à logística, ao atendimento e à integração de estoques. Empresas monitoram o comportamento do consumidor, que alterna entre compras online e presenciais conforme preço, prazo e conveniência.

Entregas e prazos na reta final do Natal 2025

Na etapa final das compras do Natal 2025, os prazos de entrega se tornam um fator decisivo. Segundo orientações dos Correios, os prazos variam de acordo com a modalidade e a localidade, sendo contados a partir do primeiro dia útil seguinte ao da postagem.

Com a proximidade do dia 25 de dezembro, consumidores e empresas costumam consultar os canais oficiais para verificar limites de envio e reduzir o risco de atrasos. Para o varejo, a comunicação transparente sobre prazos e condições de entrega é parte essencial da estratégia para o Natal 2025, contribuindo para a redução de reclamações e para a fidelização do cliente.

Imagem: Envato