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NRF 2026: 8 tendências que o varejo vai aprender como implementar

Tento com todas as forças dizer para quem ouve falar de mim e quer detalhes que sou um aprendiz eterno de como deve ser o ambiente, cultura, liderança e Time para construir o diferencial mais forte das marcas: Atendimento. Afinal, qualquer Cliente quando perguntado de quem ele compra mais e por mais tempo responde: de quem atende muito bem. Resultado consistente vem daí. Não consigo. Varejo entrou tanto na minha vida que acabo admitindo: varejo é uma paixão e eu não consigo passar um dia sem pensar em como fazer o varejo sobreviver e evoluir.
Desde que trabalhei na Mesbla, depois sócio da Nicho de Bichos por 25 anos e convivendo com varejistas desde que fundei a Ponto de Referência há quase 30 anos atrás.
Claro que gente sempre é o foco principal de tudo. Desde o presidente da marca até o herói da ponta, que faz as coisas acontecerem.
Varejo é o embrião da evolução do mercado. É o ponto de contato com Clientes e quem sabe realmente o que o Cliente quer. Quem quer saber para onde vai o mundo tem que navegar e mergulhar no varejo.
Há algumas décadas, vou à National Retail Federation Big Show para aprender o que anda acontecendo, não deveria mais estar acontecendo e vai acontecer no varejo.
Claro, durante o ano já temos muitos spoilers de marcas que começam a praticar o que vai ser futuro. E deixam de praticar. A Tesla abriu um restaurante numa loja. A American Eagle lançou uma propaganda anti woke que está dando o que falar, o Bob´s lançou uma loja com robôs que fazem milk-shakes.
Mergulhando no que poderia ser a agenda da NRF Big Show de 2026, selecionei essas 8.
Estarei com a Central do Varejo na NRF 2026 na “friaca” de janeiro para ver palestras, lojas, feira de tecnologia e checar se o que previ agora vira verdade e se virar verdade como implementar.
Faça como o Edmour! Junte-se à Central do Varejo e descubra como você pode transformar sua operação com os insights mais valiosos da NRF 2026. Não perca a chance de estar na vanguarda do varejo global.
1. IA para ajudar, gente para encantar
A inteligência artificial já está por aí. Mas em 2026 ela vai virar o braço direito do vendedor. Vai dar informação, sugerir produto, lembrar o histórico do cliente. Só que vender, inspirar e ganhar a lealdade — isso continua sendo função de gente bem preparada.
2. Loja não é mais ponto de venda. É ponto de encontro
Esquece a loja que só vende. Quem quer ser relevante vai transformar sua loja num lugar onde o cliente quer estar — e voltar. Varejo com alma tem experiência, tem conversa, tem comunidade.
3. Omnicanal sem atrito: o cliente decide e a marca obedece
O cliente quer escolher onde compra, onde retira, como paga e onde troca. E não quer repetir dado, nem ouvir “isso só se resolve no outro canal”. Em 2026, quem ainda cria barreira entre loja e digital, perde o cliente. Nem é novo mas muito mais marcas estão conseguindo fazer bem a integração.
4. Personalização que antecipa o desejo
Em 2026, marca boa não espera o cliente pedir. Ela prevê o que ele vai querer, na hora certa, do jeito certo. E oferece antes mesmo de ele perceber que precisava. O CRM tem que ser levado cada vez mais a sério. Parar de ser um software e passar a ser parte da memória da marca. Contendo principalmente coisas de que o Cliente gosta e de que ele não gosta.
5. Sustentabilidade real, não de PowerPoint
Sustentabilidade não vai mais servir pra marketing bonito. Vai ser critério de compra. E marca que não provar com dados vai ficar pra trás. O cliente quer ver, entender e confiar. RIP greenwashing. Welcome marcas que influenciam outras a fazerem bem pro mundo ou pelo menos para quem ajuda a construir o futuro dela.
6. Marcas que constroem com e para a comunidade, se integrando de corpo e alma
Quem manda não é mais o influenciador famoso. Quem manda é o cliente real, com voz, com história e com verdade. As marcas mais queridas serão as que ouvirem, incluírem e cocriarem.
7. Automação invisível para deixar o humano brilhar
O que é repetitivo, operacional e chato tem que ser automatizado. O que é encantador, criativo e humano tem que ser potencializado. Em 2026, as marcas que derem tempo para o humano encantar vão sair na frente.
8. Gente como força do varejo
Essa é a que eu mais gosto. E que, se depender de mim, nunca vai deixar de ser tendência. Pra alguns que trabalham mal o tema é pendência eterna.
Marca boa de verdade é feita de gente muito boa de verdade.
Quem faz o cliente voltar, recomendar e amar uma marca é o herói da ponta apoiado por uma retaguarda que entende do que o Cliente precisa.
Em 2026, quem não colocar gente no centro da estratégia vai virar estatística.
Quem colocar, vai virar história.
Resumo do varejo em 2026
Tecnologia é ferramenta.
Sustentabilidade é obrigação.
Dados são insumo.
Gente é o que transforma.
Bora pra NRF 2026? Depois de todo esse tempo, escolhi a Central do Varejo.
A missão com mais conteúdo. Ambiente muito amigo. Gente que trabalha pra fazer sua ida a NY um alicerce para anos de sucesso.
*Edmour Saiani. Nasceu em Ribeirão Preto. Estudou Engenharia no ITA e Pós-Graduação em Marketing pela FGV SP. Fez até foguete, mas resolveu praticar outra engenharia: de gente! Como executivo, evoluiu de engenheiro até se tornar CEO. Aí resolveu empreender. Fundou há quase 30 anos a Ponto de Referência, consultoria que ajuda marcas na Transformação de Atendimento – a transformação que realmente faz o Cliente comprar mais. E por muito mais tempo. Palestrante, Consultor, Conselheiro, Mentor e Autor dos livros Loja Viva – Revolução no Pequeno Varejo Brasileiro, Ponto de Referência – Como ser número 1 e não mais 1 e A grande tr4nsfoRmação – marcas com ambiente | atitude | atendimento que transformam o mundo.