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O futuro do varejo físico nas festas de fim de ano: tendências e expectativas

Adaptação às tecnologias ainda é peça fundamental para que o varejista gere retenção, fidelidade e receita

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varejo físico: tendências

À medida que a época mais tradicional do ano se aproxima, o cenário do varejo físico continua a evoluir, moldado por mudanças sociais, avanços tecnológicos e novas experiências. A Black Friday, data que ocorreu no mês de novembro, ajudou a antecipar a dinâmica dos consumidores e compreender as possibilidades para as compras de final de ano. As expectativas são otimistas e, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas de Natal de 2023 devem ter um aumento de cerca de 5%, o que representa o maior salto desde 2013, quando a alta foi de 4,9%. Com base nas projeções do setor, algumas tendências e expectativas podem ser apontadas:

Digitalização Continuada: A crescente digitalização do varejo permanece como tendência dominante. Espera-se que as lojas físicas incorporem ainda mais elementos digitais para aprimorar a experiência do cliente. Desde a implementação de soluções de pagamento sem contato até a integração de tecnologias de realidade aumentada para proporcionar experiências de compra imersivas.

Canal Omnichannel: A integração contínua dos canais de venda online e offline já é realidade. Consumidores esperam transições suaves entre os dois ambientes, seja para pesquisa de produtos, compra online e retirada na loja ou para experiências de compra exclusivas. Dados de empresas especialistas em tecnologia e solução revelam que 3 em cada 4 pessoas consideram importante que as marcas sejam omnichannel, sendo que 77% dos entrevistados afirmam já ter comprado em diferentes canais da mesma marca. O cenário reforça que os varejistas que melhorarem suas estratégias omnicanais podem cativar um público mais amplo e fortalecer a fidelidade do cliente.

Experiências Personalizadas: A busca pela personalização atingirá novos patamares em 2024. Tratar o cliente como mero consumidor passivo é obsoleto; na verdade, devemos dar cada vez mais atenção ao comportamento e anseios individuais destes. Varejistas estão investindo em estratégias para atendimento, promoções e produtos personalizados. Esse assunto tem relação direta com o uso da Inteligência de Dados, visto que o sistema é capaz de analisar dados em larga escala e interpretar padrões comportamentais dos usuários para auxiliar nas experiências personalizadas. Na Spot Metrics, por exemplo, desenvolvemos ferramentas para alcançar esse objetivo; conseguimos analisar o histórico de compras, comportamento e preferências, por exemplo.

Sustentabilidade em foco: O debate em torno das questões ambientais têm crescido nas últimas décadas e, com ele, o consumo de produtos com viés sustentável. O relatório “Retratos da Sociedade: Hábitos Sustentáveis e Consumo Consciente”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que metade dos entrevistados verifica se o produto que pretende adquirir foi feito de forma ambientalmente sustentável, sendo que 24% sempre checam, e 26% na maioria das vezes. Além de uma cadeia de produção eco friendly, parcerias com marcas comprometidas com responsabilidade social também têm ganhado relevância.

Certamente, o varejo físico enfrentará uma temporada emocionante e desafiadora. A capacidade de adotar uma abordagem centrada no consumidor, integrar tecnologias inovadoras e responder de maneira ágil às mudanças nas preferências dos consumidores será crucial para o sucesso – principalmente com a rapidez da Era Digital. O futuro do varejo para as festas de final de ano será moldado pela capacidade de adaptação e pela oferta de experiências memoráveis aos consumidores.

Imagem: Envato


Raphael Carvalho fala sobre varejo físico
**Raphael Carvalho é CEO da Spot Metrics
, empresa de Inteligência de Dados para o varejo físico.

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