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O poder da educação financeira para o varejista

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Uma formação em engenharia, a paixão pelos números e a didática adquirida de quem vem de uma família de professores foram a combinação perfeita para o trabalho que exerço há cerca de 25 anos no setor de franquias – um segmento da economia que me encantou desde que tive contato pela primeira vez.

Ao longo desses anos, fui percebendo que nem todo mundo tem a mesma familiaridade que eu com os números da gestão financeira de um empreendimento.

É claro que todo mundo que abre um negócio, que investe em uma ideia, espera um bom resultado financeiro. Mas são poucos os que de fato focam nesse resultado – e uma parcela menor ainda é a dos que sabem como construir esse resultado.

O que a gente percebe no setor de franquias, por mais estruturado que ele seja e apesar de todo o know-how que a franqueadora transmite ao franqueado, é que são os franqueados que precisam fazer a gestão de suas unidades. Só que a gente também percebe que muitos deles não sabem distinguir uma planilha de fluxo de caixa de uma DRE, que é a demonstração de resultado do exercício.

Vendo essa dificuldade das pessoas em fazer gestão financeira, e por gostar de ajudar os empreendedores a alcançarem os melhores resultados, eu acabei me especializando nesse mercado de franquias, em educar os franqueados em relação à gestão financeira.

Porque, na minha visão, o primeiro passo é a educação. Essa é a base. É preciso entender alguns conceitos fundamentais de gestão financeira para chegar a números melhores na empresa e até para saber usar ferramentas e plataformas tecnológicas que facilitam e automatizam o trabalho mais burocrático.

Foi assim, casando o pilar de educação financeira para o varejo com a tecnologia que eu me tornei sócio da F360, uma plataforma de gestão financeira para lojas e franquias.

Criada em 2014, a F360 nasceu justamente da dor de um multifranqueado, o Henrique Carbonell. Ciente da importância da gestão financeira para seus empreendimentos, Carbonell tinha dificuldade de encontrar determinados números de suas empresas, fazer a conciliação de cartões e cruzar de forma precisa as informações do que vendia com o que ele, de fato, recebia.

Sim, porque caso você não saiba, muitos erros são identificados durante o processo de conciliação. Taxas pré-acordadas podem não ser cumpridas e compras feitas no cartão podem não ser depositadas na conta do varejista, para citar dois exemplos. E o que pode parecer “coisa pequena”, números baixos, no final de um ano, somados, fazem toda a diferença no caixa da empresa.

Pois bem. Sabendo disso, Carbonell começou a desenvolver, por conta própria, junto com um time de desenvolvedores, um software que fizesse essa conciliação de forma assertiva e automática – facilitando a vida de quem empreende no varejo. Porque quando se fala de varejo, conferir venda a venda manualmente pode ser algo impraticável.

Com a plataforma pronta, outros varejistas perceberam o valor do que a F360 estava oferecendo – e hoje são cerca de 14 mil lojas utilizando a ferramenta. Ao longo de 2022 e 2023, o sistema de conciliação da F360 já retornou aos varejistas que usam a plataforma R$ 159 milhões. Essa funcionalidade permite identificar se os adquirentes de cartão estão pagando corretamente ou se o empreendedor está deixando dinheiro na mesa.

Com educação financeira e tecnologia juntos, todo varejista pode ir mais longe! E, ao longo dos próximos meses, vamos trazer aqui, neste espaço, temas que ajudem o empreendedor a alcançar os melhores resultados com uma gestão financeira bem-feita.

Imagem: Envato



* Maurício Galhardo
é engenheiro mecânico e sócio da F360 Educa, plataforma de cursos voltados para varejistas. Apaixonado por finanças, é autor de três livros de negócios e gestão financeira, tem ampla experiência em treinamentos e palestras e já treinou mais de 50 mil pessoas no varejo.

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